Após queda de 0,71% para 0,61% (março/abril) IPCA ‘despenca’ para 0,23% em maio

Depois de cair, ainda, moderadamente, de 0,71% para 0,61%, de março para abril, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ‘despencou’ para 0,23% em maio último, divulgou, nesta quarta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agora, o indicador oficial de inflação acumula variação de 3,94% em 12 meses, o que se aproxima da meta de inflação para este ano (3,25%) – com banda mínima de 1,5% e máxima de 4,75% – conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No ano, a alta acumulada é de 2,95%.

O comportamento do indicador no mês passado ficou abaixo das projeções feitas pelo mercado financeiro, de uma alta mensal de 0,33% e anual de 4,05%.

Entre os grupos, o de Saúde e Cuidados Pessoais foi o que mais pressionou a inflação de maio deste ano, ao exibir alta de 1,2%, seguido da Saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,93%, e Despesas pessoais, que cresceu 0,64%. Em contraponto, Transportes e Artigos de Residência ‘puxaram’ para baixo o índice, mediante uma deflação de 0,57% e de 0,23%, respectivamente.

Mais do que a variação do IPCA em si, a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, ressalta a importância de analisar quais itens subiram e quais desceram no mês. Nesse aspecto, ela aponta que as maiores altas tiveram origem nos chamados ‘preços administrados’, que são aqueles que oscilam menos, com base na oferta e demanda, por serem determinados pelo governo, além de setores específicos, como os planos de saúde. Em contraste, acentua Carla, os preços livres responderam, nesse período, pelas desacelerações mais significativas, a exemplo dos artigos de residência.

A conclusão lógica, para a economista-chefe é que o ‘aperto monetário’ empreendido pelo Banco Central (BC) tem surtido efeito sobre a inflação brasileira, de maneira a ‘controlar’ os preços livres.

Confira o desempenho dos grupos no IPCA de maio  

Inflação dividida pelos grupos

Alimentação e bebidas: 0,16%

Habitação: 0,67%

Artigos de residência: -0,23%

Vestuário: +0,47%

Transportes: -0,57%

Saúde e cuidados pessoais: +0,93%

Despesas pessoais: +0,64%

Educação: +0,05%

Comunicação: +0,21%