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Aranha robótica: um cadáver de um aracnídeo foi utilizado em um robô por cientistas

Parece premissa de filme de ficção científica, quase como ‘Frankenstein’, mas, na verdade, isso de fato aconteceu. Entenda mais.

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Uma aranha robótica é perfeita para estar no início de um filme de ficção, não é mesmo? Mas, na verdade, isso é ciência real. Existe uma área da robótica, chamada de soft robotics, que tem como intenção tornar a criação o mais próximo da realidade.

Dessa maneira, esses robôs possuem a anatomia semelhante a seres vivos, como uma aranha, por exemplo.

Quando se pensa em robôs, via de regra se pensa em materiais como o metal, mas, nessa área da robótica, são utilizados outros materiais, que propõem uma melhor adaptabilidade, como, por exemplo, componentes biológicos, como tendões e músculos.

Criar robôs com base em animais é uma proposta antiga, chamada de biomimética. Temos como exemplo disso a criação dos aviões, que possuem seu design inspirado nos pássaros.

Mas, alguns cientistas não se contentam em utilizar alguns componentes biológicos, como apenas os músculos. Esses propõem o uso completo do corpo biológico para as suas criações, como, por exemplo, nanorrobôs baseados em DNA.

Essa abordagem, que permite o uso completo do corpo, é recente e ficou conhecida apenas em 2022 como necrobótica. Isso quando os pesquisadores de Rice University, nos Estados Unidos, publicaram uma matéria sobre os seus estudos e experimento com o corpo de uma aranha.

Nesse experimento, os cientistas utilizaram ar pressurizado para trazer a movimentação das pernas do cadáver do animal, de forma a simular o movimento de pinças robóticas.

Para compreender como funcionou a pesquisa, é preciso compreender primeiro que as pernas das aranhas se mexem devido a um mecanismo hidráulico que vem a ser composto por câmaras de sangue, o responsável por fazer o movimento de expansão e contração, a depender do movimento.

Quando esses animais vêm a óbito, suas pernas se contraem, pois essas válvulas são abertas e, assim, perdem a pressão. Dessa forma, os cientistas utilizaram esse mecanismo do próprio animal, como forma de possibilitar coleta e posicionamento em menor escala.

Veja abaixo o vídeo do experimento. Nele se pode observar a criação que se utiliza de um cadáver de aranha como objeto de pesquisa e análise.

No entanto, ao utilizar o cadáver de um animal, é preciso lidar com o fato de que esse irá se decompor em algum momento. Na pesquisa, entraram em registro cerca de 1 mil ciclos de atividades antes de o sistema se deteriorar.

Além dessa tecnologia não ser eficiente devido à composição do corpo, ainda há os questionamentos sobre o ponto de vista ético e moral do uso desses animais.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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