Commodities
Argentina deve continuar exportando carne bovina à China em nível pré-pandemia até o final do ano
Cerca de 75% das exportações de carne bovina da Argentina foram destinadas ao mercado chinês em 2019.
A Argentina deve vender aproximadamente 870 mil toneladas de carne bovina para a China em 2020, em movimento que marca a recuperação da carne vermelha para os argentinos, equiparando as exportações do ano passado a despeito da pandemia de Covid-19, informou na quarta-feira uma câmara de carnes do país.
A China é um grande consumidor da carne da Argentina, que é um grande fornecedor global de alimentos. Em média 75% das exportações de carne bovina da Argentina foram endereçadas ao mercado chinês em 2019, mostram dados governamentais.
Segundo o chefe do consórcio argentino de exportação de carne ABC, o fluxo de produtos bovinos da Argentina para a China, um importante parceiro comercial, não perdeu ritmo de forma relevante em meio à pandemia.
Na segunda-feira, Pequim solidou aos importadores que evitem alimentos congelados de países que sofrem com graves surtos de coronavírus, após diversos pacotes de frutos do mar importados terem testado positivo para o vírus.
“Nossa meta no início do ano era tentar igualar as 870 mil toneladas de 2019 e acho agora que vamos chegar a esse número”, disse o chefe do consórcio de exportação de carnes ABC, Mario Ravettino. O ABC representa os frigoríficos argentinos que produzem para o mercado exterior.
A Argentina já registrou pelo menos 735.000 casos e 16.500 mortes associadas a Covid-19, e a América Latina figura entre as principais fontes de contágio do coronavírus no mundo.
A embaixada chinesa em Buenos Aires afirmou que a China, também grande consumidora de soja, foi o principal parceiro comercial da Argentina em julho. Durante a pandemia, os argentinos intensificaram os laços diplomáticos com os chineses, que enviaram grandes doações de suprimentos médicos ao país, que bofe com a crise.
Mas Ravettino acredita que as taxas de infecção da região não vão afetar o comércio com a Argentina, pois “todas as garantias (protocolo de saúde) que a China solicitou foram oferecidas e a relação é ótima”.
Em agosto, sete frigoríficos na Argentina detectaram casos da doença entre trabalhadores, e o país concordou com a suspensão temporária das exportações para a China.
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