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Assaí quer abrir menos lojas em 2024; veja a razão

Empresa é um atacadista.

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O atacadista Assaí (ASAI3) divulgou ontem uma projeção de abertura de aproximadamente 15 lojas no próximo ano, representando uma redução em relação às 27 previstas para o ano corrente. Essa diminuição nas inaugurações está relacionada à expectativa de conclusão das conversões de pontos Extra e à intenção de desalavancar financeiramente a empresa.

Em conversa com jornalistas, o presidente-executivo Belmiro Gomes disse que a redução no número de aberturas é resultado de um ciclo extenso de inauguração de novos pontos e da intenção de manter níveis de alavancagem mais confortáveis. Ele também mencionou que em 2025 a empresa planeja retomar um plano de expansão mais robusto, com a previsão de abrir cerca de 20 lojas nesse ano.

Segundo ele, o processo de conversão dos 66 hipermercados Extra adquiridos junto ao GPA em 2021 já está em andamento, com 60 lojas já convertidas. Gomes afirmou que o processo deve ser concluído entre o final deste ano e o início de 2024, e a última parcela do negócio será paga no primeiro trimestre do próximo ano.

Um dos objetivos atuais do Assaí é reduzir a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/Ebitda de 12 meses, para menos de 3,5 vezes até o final de 2024. Atualmente, esse indicador está em 4,4 vezes no terceiro trimestre deste ano. A diretora financeira, Daniela Sabbag, destacou que a empresa espera uma redução substancial em 2025, embora ainda não haja uma projeção oficial.

A ação ASAI3 encerrou o dia 27 cotada a R$ 13,49.

Assaí (ASAI3)

Ainda segundo o presidente da empresa, o Assaí pretende redistribuir os vencimentos da dívida bruta, que totalizava R$ 13,8 bilhões em setembro, sendo R$ 5,8 bilhões entre 2024 e 2025. Sabbag mencionou que a empresa está buscando uma redistribuição mais equilibrada entre os anos, especialmente a partir de 2026.

Quanto à rentabilidade, Belmiro destacou que, apesar do ciclo de expansão nos últimos anos, a margem Ebitda manteve-se resiliente, passando de 7,5% em 2021 para 7,1% no terceiro trimestre deste ano. Ele mencionou uma expectativa de recuperação da margem Ebitda com a maturação das lojas, mas ressaltou que isso depende do cenário competitivo e das condições de inflação e deflação. Embora haja uma sinalização de estabilidade em 2024, ainda não há uma projeção oficial da empresa.

Para o próximo ano, a companhia prevê investimentos (“capex”) entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, representando uma redução em comparação aos R$ 4,5 bilhões investidos no ano anterior.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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