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Até onde vai o feed: o truque das redes para te prender

Redes Sociais usam mecanismos semelhantes aos de jogos de azar e, portanto, podem ser extremamente viciantes

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Por muito tempo, os expecialistas definiram o vício sempre o relacionando com substâncias alucinógenas, como drogas e outros fármacos de efeitos semelhantes. Porém, recentemente, isso vem mudando, pois agora outros comportamentos, como jogos de azar, redes sociais e internet, também estão sendo categorizados como tal.

No ano de 2013, a Associação Americana de Psiquiatria dos EUA (APA) fez a introdução da ideia de vício em jogos na internet no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, uma referência mundial para a identificação de condições referentes à saúde mental.

Logo, esse foi um passo importante para que um debate que já vem crescendo se consolide. Entretanto, são necessários mais estudos antes que a ciência dê um parecer definitivo sobre o tema. Isso ocorre porque o uso moderado da internet é fundamental para o cotidiano da maioria das pessoas ao redor do mundo.

Compreendendo a ideia de reforço intermitente

As redes sociais oferecem uma ampla gama de conteúdos em abundância aos internautas. Assim, elas influenciam nos circuitos neurológicos e impulsos de um indivíduo, fazendo com que seja cada vez mais difícil se afastar do constante fluxo de dados.

De acordo com os cientistas, uma das principais técnicas utilizadas por elas se chama reforço intermitente. Isso basicamente consiste na ideia de que, a qualquer momento, pode surgir uma recompensa. Entretanto, a chegada dela não pode ser prevista e isso estimula o usuário a permanecer mais tempo online, esperando-a.

Inclusive, o mesmo mecanismo é usado em máquinas de caça-níqueis, onde esse tipo de expectativa faz com que o jogador continue apostando e, assim, acabe perdendo todo o seu dinheiro. Além disso, estímulos sonoros e visuais também auxiliam a prender a atenção.

Mas, apesar das semelhanças, essas redes atuam de maneira mais complexa, contando com informações personalizadas que são capazes de direcionar a pessoa para assuntos que sejam do seu gosto, fazendo com que seu engajamento aumente consideravelmente.

Agora, falando em termos gerais, qualquer um está suscetível a ser afetado por este tipo de vício, mas são os jovens que costumam ser mais afetados. Isso acontece porque o seu cérebro ainda não alcançou a maturidade e regiões que envolvem a resistência às tentações acabam não operando tão eficazmente quanto ocorreria em um adulto.

Por fim, essa é a razão pela qual adolescentes são menos controlados e mais impulsivos. Outro fator importante na equação seria a sociabilidade oferecida pelos sites, uma vez que a mente de um jovem é especialmente focada em criar conexões.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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