Atividade industrial dos EUA perde fôlego conforme casos de coronavírus aumentam

A atividade manufatureira norte-americana perdeu ritmo em novembro, com os novos pedidos caindo de seu patamar mais elevado em quase 17 anos, em meio a um ressurgimento de infecções por coronavírus em todo o país que fechou temporariamente as fábricas para higienização.

Paralisações nas fábricas e seus fornecedores, além de dificuldades em voltar e contratar trabalhadores, seguirão impactando a manufatura até o fim da crise do coronavírus, alertou nesta terça-feira o Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM).

O índice da atividade industrial nacional do ISM recuou para 57,5 ​​no mês passado, contra 59,3 em outubro, seu maior nível desde novembro de 2018. Acima de 50, a leitura significa expansão na indústria, responsável por 11,3% da economia dos Estados Unidos.

A previsão de economistas ouvidos pela Reuters era de queda do índice para 58 em novembro. Produtores de madeira, máquinas e equipamentos de transporte, estão entre os 16 setores que tiveram crescimento no mês passado. Por outro lado, houve recuo para produtores derivados de petróleo e carvão, bem como fábricas de impressão e atividades de suporte associadas.

A atividade industrial ter desacelerado corrobora com a visão de forte desaceleração do crescimento econômico no quarto trimestre.

“A temida desaceleração econômica está começando, mas é bem lenta”, disse o economista-chefe Joel Naroff, da Naroff Economics.

Outro levantamento do Departamento de Comércio dos EUA divulgado desta terça-feira mostrou um crescimento firme nos gastos com construção em outubro, embora os gastos em setembro tenham sido revisados para queda, de um ganho modesto previsto anteriormente.