Auditores rebatem versão da Americanas sobre supostas fraudes

Os sócios da KPMG e da PwC, auditorias que prestaram serviços à Americanas (AMER3) nos anos de supostas fraudes contábeis, disseram ontem à CPI da varejista, que não participaram de um conluio com a antiga diretoria da empresa da adulterar informações. A informação é do Valor Econômico.

De acordo com o periódico, Carla Bellangero, sócia da KPMG, disse que foram identificadas deficiências em controles internos e que as questões foram levadas aos órgãos da administração.

Também traz que ela e o líder de auditoria da PwC, Fábio Cajazera Mendes rebateram as acusações do atual CEO da Americanas, Leonardo Coelho, de que as auditorias teriam modificado informações das cartas de recomendação para acobertar a fraude.

Americanas (AMER3): ex-CEO

Ontem quem deveria ter se apresentado para falar à Comissão Parlamentar de Inquérito era o ex-CEO Miguel Gutierrez que protocolou um atestado médico e, com isso, conseguiu postergar sua ida.

Vale destacar, ainda, que as negociações entre os bancos credores e a varejista em torno de um acordo para injeção de capital na empresa estão emperradas devido às revelações feitas em junho na CPI sobre o caso.

As informações renovaram dúvidas entre os credores sobre as implicações financeiras de uma suposta fraude cometida por administradores que inflaram o balanço da varejista nos últimos anos.

Outro ponto é a baixa visibilidade sobre a situação financeira da companhia, já que a empresa não divulga dados sobre seu desempenho desde o 3TRI de 2022.

Esse atraso pode fazer a Americanas ter de usar mais, pelo menos, R$ 500 milhões do debtor in possession posto à disposição pelos principais sócios da empresa.

O caso

Na primeira semana de janeiro de 2023 o ex-CEO Sergio Rial trouxe a público a informação acerca de inconsistências contábeis no balanço da companhia, da ordem de R$ 20 bilhões.