Aumento na conta de luz pode deixar carne mais cara

Engana-se quem acredita que a crise energética afeta apenas os cálculos da conta de luz. As escaladas sobre o consumo de eletricidade também influenciam os preços de vários produtos dos brasileiros, como a carne, por exemplo.

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Em muitas muitas regiões do país, como no estado de Goiás, cortes de carne não tão populares já estão mais caros, como no caso do chambari bovino – parte situada acima da canela e abaixo do joelho do boi – vendido a R$ 25,90 o quilo.

Já entre os cortes mais vendidos, com o acém e a paleta, a média de preço continua alta, entre R$ 32,90 e quase R$ 40, dependendo do estabelecimento.

De acordo com o Sindiaçougue, o preço da carne vermelha se manteve estável nos últimos dois meses. Um dos motivos foi a queda de 50% no consumo do item pela população, em comparação ao mesmo período do ano passado.

No entanto, mesmo com as tentativas de segurar os aumentos para o consumidor, a previsão é de que essa estabilidade mude com os reajustes da bandeira de energia elétrica, previstos para breve. Estima-se que a mudança vá acrescentar cerca R$ 1 por quilo de carne.

Segundo Sílvio Yassunaga, presidente do Sindiaçougue, entre os meses de setembro, outubro e novembro, em que as temperaturas são mais elevadas e o calor mais acentuado, o consumo de energia dos equipamentos de refrigeração acaba sendo maior, visto que eles trabalham de maneira forçada e sem interrupções.

Sendo assim, dado o impacto nos custo de armazenamento das carnes, a previsão é de reajuste no final preço do alimento, encontrado pelo consumidor nos supermercados e açougues. Apesar da projeção pessimista, Yassunaga declara que trata-se apenas de uma estimativa e que tudo vai depender do comportamento do mercado.