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Finanças

B3 reduziu queda e dólar empatou com a 5ª. Vamos combinar que era menos Selic (já no preço) e mais exterior

Mesmo que queiram relativizar o tom duro do Copom ao determinar os juros ainda em 13,75%, mercado não tem que falar em surpresa, e investidores estão presos ao cenário externo

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Foto divulgação

Mais do que a Selic, mantida em 13,75% ao ano, o tombo do Ibovespa (Ibov) desde a abertura, nesta sexta (23), já está mais comportado, em 0,19%, do que mais cedo. O dólar parou de subir e empatou com a 5ª, em R$ 4,77;

É o exterior, em aversão ao risco, mais mandando na praça.

A B3 também vinha de bons ralis e anda em ajuste.

Olhar só a queda de Magalu (MGLU3) e Via (VIIA3), símbolos da aversão ao risco do mercado, é chover no molhado, já que ambas andam de lado há tempos, com altas e baixas se anulando.

A taxa de juros básica já estava no preço desde a última reunião do Banco Central. Ninguém esperava outra decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), salvo uma surpresa fora da curva.

E os indicadores da economia ignoravam, como a inflaçãomais baixa de maio, antes ainda o PIB em alta acima do esperado no primeiro trimestre, e a nota “positiva” para o Brasil da agência S&P.

A aprovação do novo arcabouço fiscal pelo Senado e as chances de passar na sua volta à Câmara dos Deputados adicionam mais positividade, até que a reforma tributária passe a ter mais peso.

O indicador das ações mais negociadas na Bolsa segue o arrasto do peso das ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4), mais sensíveis ao cenário de retração econômica estimulado pela fala do chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, quanto à possibilidade de não redução dos juros nos Estados Unidos, e pelos temores com China.

O S&P 500 e o Dow Jones também, as bolsas de europeias aumentaram as baixas e as asiáticas encerram descontadas.

O dólar index está mais reforçado em comparação com o visto antes da abertura do mercado americano, confirmando a prevenção contra o risco.

 

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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