Baixas crescem nesta arrancada da 4ª e soja e milho se distanciam dos US$ 14 e dos US$ 6

A soja de agosto junta a perda de 2% da terça e mais a que se encaminha neste momento da quarta (28) para deixar para trás os US$ 14 o bushel.

A desvalorização está crescendo em Chicago desde mais cedo: 1,20%, a US$ 13,79, às 9h15 (Brasília).

O milho e trigo descem também no mesmo ritmo, após os dados climáticos apresentarem sensível melhora nos Estados Unidos.

O primeiro cereal também começa a embutir a safrinha brasileira, cheia em mais de 90 milhões de toneladas, com pouco mais de 10% de colhida e num compasso que tende a crescer com o tempo aberto no Centro-Oeste. A redução do vencimento de dezembro já avança para 2,43%, a US$ 5,46.

Já o trigo ainda tem pressão de chuvas em regiões europeias produtoras e não incorpora, por ora, os riscos de interrupção das vendas ucranianas pelo Mar Negro em renegociação do acordo em 18 de julho. A perda na tela de setembro é de 1,54%, a US$ 6,87.

As atenções para o Brasil ficam mais presas à soja e ao milho, evidentemente.

Houve uma pequena melhora nos prêmios portos, mas ainda negativos, o dólar permanece escorado nos R$ 4,80, e a demanda chinesa para a oleaginosa está em modo devagar.

As exportações da safra 22/23 ainda têm grande volume a ser expedido e a chegada do milho vai fazer crescer a necessidade de mais fixações da soja.

Não havendo uma reviravolta no tempo nos Estados Unidos, cujos dados meteorológicos indicam mais chuvas nos próximos sete dias, a tendência é de somar com os outros fundamentos e afundar mais as cotações.

Fica em expectativa o quanto a melhora da precipitação pode recuperar os índices de qualidade que foram relatados como em piores condições na última segunda, pelo USDA.