Conecte-se conosco

Tecnologia

Banco Central inicia projeto-piloto do Real Digital; Veja detalhes

Instituições selecionadas farão depósitos codificados em uma ambiente virtual simulado a partir de maio. O teste deve durar até o próximo ano

Publicado

em

O Banco Central comunicou, na última segunda-feira, que deu início ao projeto-piloto do Real Digital, a futura moeda virtual do Brasil.

O período de teste será realizado a partir de maio, em um ambiente virtual simulado, ou seja, não vai envolver valores de verdade. E apenas instituições financeiras autorizadas terão acesso ao sistema.

As participantes passarão por um processo seletivo e serão escolhidas, conforme os critérios do BC. A expectativa é simular a participação de usuários por meio de depósitos tokenizados (codificados) do Real Digital.

O comunicado

O texto do comunicado divulgado pelo Banco Central explica que a programabilidade do sistema será oferecida por uma plataforma de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology – DLT).

O piloto contará com a participação, além das instituições selecionadas, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e contemplará a emissão de Títulos Públicos Federais, assim como a liquidação de transações envolvendo esses títulos.

Características da moeda virtual

O Real Digital é uma moeda virtual que será emitida pelo Banco Central, como uma extensão da moeda física. A distribuição dela será intermediada pelos bancos.

Em caso de necessidade de troca, será possível trocá-la pelo real tradicional (em notas), e vice-versa. O sistema de cotação será o mesmo de outras moedas.

Os bancos não poderão emprestar os recursos a terceiros e eles não terão correção automática. O Banco Central afirma que a moeda terá garantia de segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações.

Essa fase do projeto-piloto e demais testes deve durar até fevereiro do próximo ano. O lançamento e liberação para o público, em geral, dependerá de uma avaliação posterior.

Início dos estudos

Após o sucesso e aceitação do PIX, implementado no Brasil em 2020, o Banco Centro deu início aos estudos para a emissão da moeda digital.

A primeira etapa, conhecida em inglês como Lift Challenge, consistiu na checagem da probabilidade de uso. Ela foi concluída e o projeto caminha agora para a próxima fase: os testes.

As vantagens da moeda virtual são várias. Ela pode facilitar a integração com sistemas internacionais, gerar menor custo de intermediação, maior inclusão digital, eficiência e possibilidade de monetização.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS