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Banco do Brasil sofre ataque hacker e perde R$ 40 mi

Transferências fraudulentas.

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A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro prendeu dia 8 um grupo suspeito de hackear agências bancárias do Banco do Brasil (BBAS3), causando um prejuízo estimado em R$ 40 milhões.

De acordo com investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), os hackers instalavam dispositivos nos cabos de dados das agências para realizar transferências fraudulentas das contas dos correntistas.

A polícia não divulgou informações detalhadas sobre os equipamentos utilizados ou a localização exata nas agências onde foram instalados para acessar o tráfego de dados sensíveis.

Além dos dispositivos, o grupo estava aliciando funcionários e terceirizados do banco, oferecendo até R$ 100 mil por credencial de acesso ao sistema.

No esquema, os aliciadores solicitavam a troca de biometria e fotos de documentos dos clientes.

A quadrilha também utilizava técnicas de engenharia social, que envolvem manipulações psicológicas para persuadir funcionários a participarem do esquema e cometerem os crimes.

Segundo a DRF, a associação criminosa é composta por células espalhadas por todo o país.

O Banco do Brasil possui mais de 4,7 mil agências, com cerca de 96 mil colaboradores. Atualmente, o banco conta com uma carteira de mais de 74 milhões de clientes.

Com mais de R$ 1,4 trilhão em ativos, o BB está entre os maiores bancos da América Latina e Caribe e é um dos quatro maiores bancos brasileiros de capital aberto.

Banco do Brasil

Em seu relatório mais recente sobre o setor bancário brasileiro, o Itaú BBA rebaixou a recomendação para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) de “compra” para “neutra”.

Os analistas ainda veem potencial a longo prazo e avaliam positivamente o desconto das ações, mas acreditam na falta de catalisadores para uma reclassificação altista.

“Prevemos que o Banco do Brasil experimentará uma desaceleração significativa no impulso dos lucros até 2025, com um crescimento modesto de 4% no lucro por ação”, afirma o relatório.

O Itaú BBA também cita a taxa Selic mais alta como um obstáculo para o aumento dos spreads de crédito e aponta que a maior sensibilidade dos investidores em relação aos riscos políticos pode dificultar a expansão do banco.

“Como resultado, estamos revisando nosso valor justo para o final de 2024 para R$ 31 por ação, com classificação market perform (equivalente à neutra)”, concluem os analistas.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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