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Economia

BC do Japão sinaliza apoio ao foco de novo premiê em empregos e política monetária

O principal objetivo da instituição é a meta de inflação, mas também vem se esforçando para atingir um crescimento econômico saudável, incluindo condições de emprego.

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O banco central do Japão vai monitorar as tendências de inflação e o crescimento do emprego conforme guia a política monetária, e pretende aumentar o estímulo se as perdas de emprego devido à crise do coronavírus aumentarem o risco de deflação. A declaração foi feita pelo presidente da instituição, Haruhiko Kuroda.

Com a redução do impacto imediato da pandemia, o banco central optou por manter a política monetária nesta quinta-feira e melhorou sua visão sobre a economia para demonstrar que ela está começando a acelerar.

Entretanto, Kuroda afirmou que o Banco do Japão vai trabalhar junto ao governo do novo primeiro-ministro, Yoshihide Suga, a fim de proteger a economia da pandemia, inclusive afrouxando mais a política monetária.

A fala do presidente do BC reforça o discurso de Suga, que foi oficialmente eleito premiê na quarta-feira (16), de que proteger os empregos é a principal prioridade de seu governo.

Segundo Kuroda, o principal objetivo do Banco Central do Japão é a meta de inflação, mas que obviamente a instituição também vem se esforçando para atingir um crescimento econômico saudável, incluindo condições de emprego.

“Só porque a inflação não está se mexendo muito isso não significa que não adotaremos medidas monetárias adicionais. Vamos, claro, considerar medidas adicionais de afrouxamento se fatores como emprego e demanda afetarem os movimentos de preços negativamente”, acrescentou o presidente do BC em entrevista.

As declarações de Kuroda também estão alinhadas à recente promessa do Federal Reserve de fazer mais para criar empregos e seu compromisso de manter a taxa de juros perto de zero até que a inflação esteja a caminho de superar a meta de 2%.

“O que está mais preocupando do Banco de Japão tem que ser as perspectivas de um afrouxamento prolongado pelo Fed, o que vai exercer pressão de baixa sobre o dólar, fazendo o iene subir”, afirmou Masaki Kuwahara, economista sênior do Nomura Securities.

Como esperado, o Banco do Japão manteve a meta para a taxa de juros de curto de -0,1% e a promessa de limitar os rendimentos dos títulos de 10 anos em torno de zero.

Ademais, o banco central também não fez alterações em seus esquemas de compra de ativos e empréstimo para aliviar o aperto no financiamento corporativo.

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