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BC emite alerta contra golpes no ‘Sistema Valores a Receber’

Autarquia orienta usuário a ignorar mensagens que roubam senhas e instalam espiões virtuais

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A profusão de golpes de mensagens que remetem à ferramenta ‘Sistema Valores a Receber’ (SRV), que estariam ‘esquecidos’ em instituições financeiras, levou o Banco Central (BC) a emitir alertas em sequência aos consumidores, para que estes ignorem o conteúdo de tais envios e não cliquem links suspeitos, pelos quais são roubadas senhas em redes sociais, para instalação de vírus ou de programas espiões nos celulares. Nos últimos dias, o BC observado que o volume de mensagens enganosas quadruplicou em relação à média normal de consultas.

Além de estar suspenso desde abril do ano passado, a autoridade monetária esclarece que esse serviço de consulta é exclusivo do site do BC ou em suas redes oficiais, mas nunca é originado de aplicativos de mensagens ou por SMS.

Para tranquilizar os usuários, a autarquia esclarece que o consumidor não está sujeito à perda dos valores a que tem direito, por conta da suspensão temporária do serviço, mas os respectivos recursos continuarão a ser mantidos pelas instituições financeiras, até que este volte a funcionar, inclusive, com a permissão para saques por herdeiros e representantes legais de falecidos, segundo informação divulgada, em dezembro último, pela instituição. Entretanto, tal retorno ainda não tem data definida.

A autoridade monetária ressalta, ainda, ser recorrente golpistas alegarem às potenciais vítimas, que estas ‘têm valores a receber, como heranças ou saldo remanescente de contas encerradas’, seguido do envio de link para que o respectivo saque seja efetuado. Na verdade, a intenção é o roubo de senhas, instalação de vírus e programas no computador dos incautos.

Em contraponto, o texto golpista tem como marca o ‘senso de urgência’, devido à ‘iminência’ do fim do prazo para encerramento da consulta, levando as pessoas a clicar nos links para garantir o resgate dos valores, mediante o compartilhamento de dados pessoais.

Durante o período em que permanecia ativo, o serviço permitiu a devolução, pelas instituições financeiras, de R$ 2,36 bilhões a 7,2 milhões de usuários e a 300 mil empresas, em sua primeira fase. Em dezembro último, o BC revelou que ainda continuam ‘esquecidos’ em instituições financeiras, para fins de devolução, recursos no montante de R$ 4,6 bilhões, dos quais R$ 3,6 bilhões, referentes a 32 milhões de pessoas físicas (média de R$ 112 por pessoa), e R$ 1 bilhão para 2 milhões de empresas (média de R$ 500 por CNPJ).

O montante de R$ 4,6 bilhões, estimado pelo BC, estaria distribuído nas seguintes faixas:

  • 23,58 milhões de correntistas, com direito a receber até R$ 10 (68% do total);
  • 7,94 milhões, com direito a receber de R$ 10,01 a R$ 100 (23%);
  • 2,86 milhões, com direito a receber de R$ 100,01 a R$ 1 mil (8%);
  • 476,5 mil, com direito a receber acima de R$ 1 mil (1%).

A seguir, os três tipos de valores esquecidos por correntistas:

  • Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
  • Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
  • Outras situações que ensejam valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

Confira o exemplo ‘clássico’ de mensagem enganosa:

 

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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