Efraim Horn

Efraim Horn, um nome incomum para um empresário paulista, mas que é bastante reconhecido no cenário imobiliário.

Conheça a história do brasileiro Efraim Horn, o talentoso copresidente da incorporadora e imobiliária Cyrela.

Acompanhe a leitura do artigo e saiba mais sobre a sua trajetória!

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Quem é Efraim Horn

Efraim Horn é filho do bilionário e filantropo Elie Horn, um homem que começou comprando e vendendo apartamentos sem dinheiro, até montar uma das maiores construtoras do país.

Um dos herdeiros dessa fortuna é Efraim Horn, um empresário nascido em 5 de junho de 1980, em São Paulo.

Efraim começou a sua trajetória profissional na Cyrela (CYRE3), em 2004, trabalhando desde o início da carreira nos negócios do seu pai.

Agora, como copresidente da incorporadora, Efraim busca liderar a empresa na busca por inovação.

De acordo com o seu pai, Elie Horn, essa função foi bem destinada a Efraim, tendo em vista que o filho é criativo.

O administrador da Cyrela é Judeu ortodoxo, e muitos aspectos da sua vida foram levados nos caminhos da sua religião.

Por isso, Efraim tem a filosofia de que as pessoas devem se dedicar ao máximo às atividades que estiverem dispostas a fazer, independente da área de atuação.

Formação

Tendo nascido em São Paulo, Efraim frequentou o Colégio TTH Bar-Ilan, uma escola judaica, localizada em Higienópolis, na cidade de São Paulo.

Em sua fase universitária, Efraim optou por estudar no exterior, frequentando a Talmudic University of Florida (TUF), destinada a comunidade judaica.

Nessa instituição, Efraim se formou em administração e teologia.

Além disso, o empresário possui um MBA pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

Em seguida, o jovem viveu por um ano e meio em Israel, também com o intuito de aprofundar os estudos religiosos.

De volta para o Brasil, Efraim iniciou em 2004 sua jornada na empresa, realizando viagens para o Nordeste, em capitais como Salvador (BA) e Recife (PE).

Início da carreira

Atualmente, Efraim está no comando compartilhado da presidência Cyrela junto com o seu irmão Raphael Horn.

Quando Elie Horn decidiu por passar o comando para seus filhos Efraim e Raphael, Efraim ocupava o cargo de diretor de operações da Cyrela.

Em uma entrevista, Elie contou que levou em conta as características dos dois filhos para decidir sobre o comando compartilhado.

Assim, em Raphael, Elie enxergou uma maior predisposição para as áreas de finanças e recursos humanos.

Já em Efraim, a vocação para a incorporação e o desenvolvimento de negócios.

Entretanto, antes de chegar nessa posição, Efraim atuou em diferentes setores da empresa desde 2004.

Assim, nesses 17 anos, o empresário passou pelos setores de negócios e operações.

Nessa trajetória, o empresário atuou nas áreas de desenvolvimento do banco de terrenos e financeiro.

Além disso, Efraim esteve à frente da expansão da companhia nas regiões Norte e Nordeste.

Atualmente, Efraim é responsável pela unidade de negócios de São Paulo.

O executivo também está presente na concepção e no design dos principais lançamentos da companhia no país. Entre eles, os realizados em parceria com os escritórios de design Pininfarina e Yoo Studio.

Desafio: A recessão da Cyrela

Assumir a copresidência da Cyrela veio em meados de 2014, quando ele e seu irmão, Raphael, passaram a comandar a incorporadora em substituição a Elie Horn.

Com poucos meses de comando, os desafios começaram, em 2014, a economia brasileira já dava sinais de desaceleração.

Nesse cenário, o país culminou em uma forte recessão e um dos setores mais afetados naquele ano foi o mercado imobiliário. Como consequência, a receita da empresa caiu.

Para completar, ocorreram distratos, ou seja, clientes com compra feita desistiram da operação. Por isso, a companhia passou a apresentar prejuízos. Com isso, foram dois anos, 2017 e 2018, com resultados negativos.

Entretanto, em 2019 a situação começou a melhorar com as iniciativas de reestruturação dos irmãos. Assim, passada a recessão, Efraim e Raphael, com a supervisão do pai, levaram a Cyrela de volta ao lucro.

Dessa forma, em 2019, a empresa lucrou R$ 415,8 milhões, diante do prejuízo de R$ 84,4 milhões em 2018. Além disso, pôde-se notar a valorização da Cyrela no mercado.

Antes da mudança de comando, a empresa valia pouco menos de R$ 5 bilhões. Atualmente, é avaliada em R$ 9,5 bilhões, o que a coloca no posto de maior incorporadora da B3.

Você deve estar se perguntando: o que aconteceu para essa mudança repentina de cenário?

Bem, a atitude que contribuiu para a recuperação da Cyrela foi a gestão financeira.

Uma das soluções adotadas por Efraim foi abrir mão de negócios que não eram necessários. Dessa forma, a empresa passou a operar de forma a fazer uma seleção mais criteriosa dos terrenos.

Além disso, a baixa alavancagem da empresa também permitiu enfrentar o período de distratos.

A Cyrela em meio à pandemia

A partir de 2020, o mundo começa a viver uma nova crise decorrente do coronavírus e o setor imobiliário também sofreu bastante, ou seja, em quase todo o país, incorporadoras e construtoras tiveram que frear as vendas feitas em estandes e adiou os lançamentos de novos empreendimentos.

Bem, essa realidade também chegou na Cyrela.

Mas como todos nós sabemos, a crise também é um momento para oportunidades.

Por isso, os irmãos Horn aproveitaram o momento para tornar a incorporadora mais eficiente e adotar novas tecnologias. E a adoção do digital também está presente inclusive no processo de venda dos imóveis.

Além disso, para complementar a inovação, parcerias com startups como o Quinto Andar têm feito parte dos negócios liderados por Efraim.

Efraim começou a observar durante a pandemia um retrocesso no aspecto moradia.

De acordo com o copresidente da Cyrela, com os preços mais elevados dos imóveis, as famílias começaram a buscar alternativas mais distantes das regiões centrais.

Nesse cenário, a solução para esse fenômeno seria buscar o adensamento habitacional nas regiões mais centrais.

E como fazer isso? Bem, uma alternativa seria reduzir o custo da outorga para a construção, valor que é pago às prefeituras.

Novos olhares da Cyrela

Quem conhece os empreendimentos da Cyrela sabe que a incorporadora trabalha com o público que demanda imóveis de médio e alto padrão.

Entretanto, como citamos a questão da mudança de demanda do mercado, Efraim precisou repensar as estratégias da empresa.

Por isso, nos últimos anos, a Cyrela tem atuado também no segmento popular, desenvolvendo empreendimentos dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Bem, esse segmento tem se mostrado mais resiliente, tendo em vista a alta procura pelos brasileiros.

E foi nesse pensamento que a Cyrela começou a desenvolver a subsidiária Cury, com foco em imóveis de baixa renda nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Valores praticados pela Cyrela na gestão de Efraim

O copresidente Efraim fez questão de destacar os valores praticados pela empresa, tanto na relação com os clientes, como também com o time de colaboradores.

Por isso, é preciso ter um propósito de transformação da sociedade e da vida das pessoas.

Somente dessa forma é possível ter reconhecimento como uma empresa de sucesso em um ambiente de grande concorrência.

De acordo com Efraim, “a parte mais bonita é que não se trata de ser melhor, mas sim diferente. Só vamos encantar as famílias se entregarmos produtos que que lhes agradem. Fazemos de tudo para que nosso valor tenha reconhecimento na vida das pessoas”.

Dessa forma, Efraim mostra que o quanto a Cyrela está preocupada e disposta a oferecer melhor para os imóveis dos seus clientes.

E para que isso ocorra, o copresidente afirma que todos dentro da empresa devem estar comprometidos com os valores.

Isso leva a uma cultura bastante interessante da empresa.

Na Cyrela, Efraim afirma que todos dentro da empresa devem participar dos encontros e debates propostos.

Dessa forma, “o que levaria um ano ou dez para ser comunicado numa empresa, na Cyrela ouvimos em uma semana, às vezes, em um dia”, diz Efraim.

Ainda, com relação aos treinamentos e insights, a empresa dirigida por Efraim busca repassar para o maior número de funcionários dentro da Construtora.

Com isso, quando é necessário passar informações ou referência de algum produto ou do mercado, a mensagem consegue permear para a empresa.

Visão de Efraim: cidades modernas

Efraim dota de criatividade, como afirma o seu pai Elie Horn, e quando se trata de empreendimentos, o empresário quer ir além.

Atuando na liderança de uma empresa referência no setor imobiliário, Efraim Horn tem uma visão de cidade mais eficiente e acolhedora para os seus moderadores.

De acordo com ele, o Brasil precisa seguir exemplos internacionais para encurtar as distâncias.

Então, por exemplo, aqueles que não podem pagar o metro quadrado caro, não podem morar a 3 horas do trabalho.

E esse é um grande problema em São Paulo, tendo em vista os altos valores imobiliários nas localizações mais próximas ao centro.

Por isso, é preciso um adensamento com políticas modernas e inteligentes, como ocorreu em Londres, por exemplo.

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