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Geraldo Rufino, o ex-catador que fundou a JR Diesel
Conheça a história de Geraldo Rufino, fundador da JR Diesel, ex-catador de latinhas que superou inúmeros desafios e se tornou um grande empreendedor.
Perfil de Geraldo RufinoNome | Geraldo Rufin |
Data de Nascimento | 21/11/1985 |
Ocupação | Empreendedor, escritor e palestrante |
Patrimônio | Faturamento de R$50 milhões por ano |
Site oficial | Linkedin e JR Diesel |
Quem é Geraldo Rufino? Geraldo Rufino é um mineiro que fez história após dar uma virada na vida. Ele deixou de ser catador de latinhas, na periferia de São Paulo, e se tornou um grande empreendedor, fundando a JR Diesel e se tornando o maior reciclador de caminhões da América Latina.
O ex-ensacador de carvão, que já faliu seis vezes, fez suas primeiras investidas como empreendedor aos oito anos. Hoje, sua empresa de reciclagem de caminhões fatura aproximadamente R$50 milhões por ano.
Apesar dos altos e baixos, Geraldo Rufino nunca desistiu de seus objetivos. Para incentivar outras a também lutarem por seus sonhos, o empreendedor se tornou palestrante e escritor. Ele se considera um homem “muito feliz. Irritantemente feliz”, mesmo diante das adversidades que enfrentou ao longo de sua vida.
Para conhecer mais sobre a trajetória de superação e vitória de Geraldo Rufino, continue acompanhando este artigo.
Boa leitura!
Quem é Geraldo Rufino?
Geraldo Rufino foi criado na favela do Sapé, em São Paulo. Quando criança, catava latinhas feitas de aço e folhas de flandre em lixões da região para vender em ferro-velho e conseguir algum dinheiro para ajudar em casa.
De garoto que catava latinhas ao maior empreendedor do ramo de reciclagem de caminhões da América Latina. Esse foi o destino de Geraldo Rufino, que, atualmente, fatura, em média, R$50 milhões bruto por ano com a empresa JR Diesel.
Mesmo diante dos desafios, ele entendia que precisava empreender, ainda que fosse no CNPJ de terceiros, para que pudesse garantir estabilidade e segurança para sua família. Chegou a quebrar seis vezes, sendo a última em 2003, depois de um investimento mal sucedido.
Porém, nunca considerou esses episódios como algo desesperador. Pelo contrário, usava esses desafios como impulso para se levantar e tentar de novo. Nunca perdeu a positividade e vontade de vencer, e sempre via esses altos e baixos como experiências enriquecedoras.
Como foi a infância de Geraldo Rufino?
Geraldo Rufino nasceu no dia 21 de novembro de 1958, na cidade de Campos Altos, no Estado de Minas Gerais. Sua família mudou-se para São Paulo quando ele tinha apenas quatro anos de idade, depois que a lavoura de café queimou com a geada. Quando chegaram na Terra da Garoa, a família de Geraldo foi morar nos fundos da casa de uma tia.
Neste começo difícil, suas irmãs conseguiram trabalhos de empregadas domésticas. Já seu pai foi trabalhar como servente de pedreiro e sua mãe como diarista. Como eram muito pequenos, ele e seu irmão José, dois anos mais velho que ele, acompanhavam sua mãe no trabalho.
A condição financeira da família não era nada fácil. Para amenizar a situação em casa, a família ia até a Ceasa pegar frutas e verduras que sobravam no final do dia. E mesmo com as dificuldades, eles ainda davam um jeito de pegar mais do que necessitavam para que pudessem dividir com os vizinhos que também passavam por dificuldades.
Geraldo ficou órfão de mãe quando tinha sete anos. Mesmo muito jovem, ele conta que lembra da mãe com carinho e das lições que ela dava. Ele recorda, por exemplo, da primeira casa que a família morou, feita de madeira. As frestas entre as placas faziam com que entrasse feixes de luz.
Segundo a mãe de Geraldo, isso significava a luz divina, que servia para mostrar que todos ganharam mais um dia de vida. Essa lembrança e ensinamento de sua mãe faz com que, até hoje, Geraldo Rufino tenha o hábito de agradecer por mais um dia vivido.
Seus primeiros empregos
Após a morte da mãe de Geraldo, seu pai decidiu mudar-se. Com apenas oito anos, o garoto começou a trabalhar em uma fábrica de carvão, como ensacador. Mas o emprego não durou muito e ele seguiu para o lixão, onde procurava latinhas para reciclagem, além de restos de comida.
Lá, permaneceu dos nove aos doze anos, onde ia com seu irmão José. Os dois coletavam o máximo de latinhas que conseguissem e por fim, entregavam para uma de suas irmãs, que ia até o depósito para vender o que foi recolhido. Todo o dinheiro que os irmãos conseguiam era guardado em uma lata de leite e em seguida, enterrado em um terreno baldio.
Eis que, um dia, o terreno foi vendido, e, infelizmente, as máquinas que faziam a limpeza do local soterrou o dinheiro. Esse foi portanto, o primeiro prejuízo que Geraldo Rufino sofreu.
Surge um empreendedor
Apesar da perda, os jovens não desanimaram e buscaram outras maneiras para conseguir dinheiro. Uma delas foi uma espécie de “cinema em casa”, onde os irmãos ofereciam pipoca e arroz doce para as crianças que moravam na região e que pagavam um “ingresso” para assistir filmes na casa deles.
Outro empreendimento das crianças foi um bar para o pai, além de um campo de futebol que cobrava um valor, como uma espécie de aluguel, aluguel de carrinhos de madeira e uma barraca de frutas.
Todo o dinheiro que os irmão arrecadavam era guardado. E, para garantir que desta vez os recursos conseguidos com muito esforço estariam seguros, Geraldo passou a dormir em cima do dinheiro. Novamente o valor foi perdido, desta vez porque ele foi emprestado ao pai, que já se encontrava no terceiro casamento. Mesmo após esse segundo golpe, Geraldo Rufino não desistiu de continuar tentando.
Os primeiros investimentos
Cheio de garra e coragem, o jovem conseguiu um emprego de office boy. Mas, uma das exigências do gerente da Playcenter era que Geraldo voltasse a estudar. Ele havia abandonado os estudos, ainda na segunda série. E, sem pensar duas vezes, o jovem voltou às salas de aula.
Aos poucos ele foi construindo sua trajetória, e, aos 15 anos, comprou seu primeiro carro. Porém, para ajudar o irmão, Geraldo vendeu o veículo e comprou uma Kombi. Isso porque José trabalhava em uma transportadora, e, para que pudesse fazer carretos e excursões, era necessário um automóvel maior.
Os lucros conseguidos com o trabalho foram suficientes para que os irmãos comprassem uma segunda Kombi, o que fez os negócios crescerem. Isso motivou os irmãos a comprarem caminhões de caçamba, cuja ideia era transportar materiais de construção.
Como começou a JR Diesel
Geraldo seguia com a empresa de transportes juntamente com seu irmão, mas não era mais office boy. Ele havia se tornado um dos gerentes do setor de fliperamas, bem como jogos eletrônicos. Foi quando a vida de Geraldo Rufino deu uma nova chacoalhada. Os dois caminhões da empresa se envolveram em um acidente e desse modo, tiveram perda total.
O que poderia ser um motivo para desanimar, acabou virando uma nova oportunidade. Foi assim que, em 1985, Geraldo fundou a JR Diesel, empresa voltada para o segmento de desmanche de veículos, conhecido atualmente como reciclagem automotiva.
Os irmãos desmontaram os caminhões e em seguida, venderam as peças. A ideia deu tão certo que a dupla decidiu investir nesse segmento. A JR Diesel foi ganhando espaço no mercado, contudo, os irmãos decidiram investir na área de agropecuária e terrenos, e, sem foco no negócio da família, acabaram quebrando.
Para tentar reverter a situação, Geraldo pediu afastamento do cargo na Playcenter e assim, dedicou-se ao seu negócio. Em 1987, optou por sair definitivamente do emprego e focar seus esforços na JR Diesel.
JR Diesel deslancha
Foi graças aos esforços de Geraldo Rufino que a JR Diesel começou a crescer e, em 1990, deslanchou. A empresa cresceu, melhorou as técnicas para rastreabilidade e iniciou seu relacionamento com o setor de frotas. Foram esses clientes que impulsionaram o sucesso da JR Diesel, afinal de contas, foi através deles que puderam comprar grandes lotes de renovação de frotas dos clientes, que, posteriormente, eram vendidos.
Esse crescimento da JR Diesel atraiu olhares de alguns parceiros. Uma montadora estrangeira deu, como proposta, uma concessão de vender seus veículos, de São Paulo, Vale do Ribeira, bem como Santos, para os irmãos, resultando na criação de uma nova empresa, a JR Veículos.
Contudo, em 2003, a montadora parceira deixou de atuar no Brasil e não cumpriu com as entregas e garantias combinadas na negociação. Isso fez com que a JR Diesel e JR Veículos fossem à falência. Geraldo Rufino havia investido R$8 milhões na nova empresa, mas precisou assumir uma dívida de R$16 milhões.
Mesmo diante desse desafio milionário, Geraldo não desanimou e seguiu lutando. Com a ajuda da família, eles conseguiram reerguer o negócio. A JR Diesel, atualmente, ocupa a liderança no setor de reciclagem automotiva e fatura, anualmente, R$50 milhões por ano.
Além disso, a empresa gera, aproximadamente, 180 empregos diretos e centenas indiretamente. A JR Diesel continua crescendo no segmento a cada ano, o que tem gerado ainda mais oportunidades de trabalho para inúmeros brasileiros.
Vida pessoal de Geraldo Rufino
Casado com Marlene, que ocupa o cargo de diretora administrativa, Geraldo Rufino teve três filhos, que atuam dentro da JR Diesel desde muito novos, já que o empreendimento trata-se de uma empresa familiar. O contato dos herdeiros teve início, mais ou menos, aos nove anos, isto é, quando acompanhavam os pais na construção da empresa. Mas, somente na adolescência começaram a contribuir com o negócio.
O Capitalist traz essas, bem como outras histórias inspiradoras de empreendedores e investidores bem sucedidos no Brasil e no Mundo.
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