Agronegócio
BNDES anuncia linha de crédito em dólar para financiar agronegócio
Em breve, banco de fomento disponibilizará recursos, sujeitos a taxas entre 5% e 8%
A fim de ampliar os recursos à disposição dos produtores rurais, para investimentos em empreendimentos do agronegócio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá anunciar, dentro de poucas semanas, a criação de uma linha de crédito em dólar, voltada ao segmento, tendo em vista viabilizar a aquisição de equipamentos agrícolas, como tratores, colheitadeiras, entre outros. A expectativa é de que o BNDES deva disponibilizar, em breve, um modelo-piloto, com objetivo de testar a real demanda da linha de crédito pelo mercado.
Esse modelo de financiamento – que ainda estaria sendo negociado pelo Ministério da Agricultura junto ao BNDES e ao Ministério da Fazenda – consiste no repasse de recursos captados em dólar pelo banco de fomento, para posterior disponibilização por instituições financeiras credenciadas a operar empréstimos ao setor agrícola.
Taxa indefinida – Um dos pontos importantes da inovação, ainda pendente, diz respeito à definição da taxa a ser aplicada nas operações – que envolve compras no nível de milhões de reais – que pode se tornar mais acessível, caso a modalidade conte com a participação do Tesouro Nacional.
Se estes recursos adicionais forem disponibilizados, isso poderá ser estrategicamente importante para produtores que ainda estão colhendo a safra recorde de soja, referente ao biênio 2022/2023, uma vez que os valores para investimentos repassados pelo BNDES aos bancos se esgotaram na atual temporada, face à grande demanda.
A princípio, os recursos extras poderão atender, preferencialmente, médios e grandes produtores da área de exportação que recebem em dólar, acentua o assessor especial do Ministério da Agricultura Carlos Ernesto Agustin. “O agricultor empresarial prefere. Para quem trabalha com exportação é inclusive mais seguro”, acrescenta.
Segundo Agustin, a ênfase ao segmento exportador decorre do fato de que as safras negociadas com o exterior são cotadas pela moeda ianque, o que eliminaria qualquer efeito decorrente da variação cambial, pois o BNDES tem como captar recursos no exterior, a juros mais baixos, em comparação com aqueles utilizados por programas de crédito no Brasil.
De acordo com uma fonte anônima do BNDES, o banco já disporia de recursos captados anteriormente no exterior, embora não seja indicado convertê-los em real, para uso nas linhas de crédito. Em lugar disso, tal fonte entende que o ideal seria oferecer o produto em dólar. “Há essa demanda e estamos montando uma linha de crédito para usar esses recursos já captados”, comentou a fonte.
Sobre a atual fase de discussões sobre a taxa a ser utilizada nas operações, o entendimento dos técnicos da instituição, segundo a mesma fonte incógnita, seria de que esta poderia corresponder à variação do dólar mais 8%, para a qual ‘haveria demanda’. Dessa forma, prossegue a fonte, mesmo que represente uma taxa real de 8% para o produtor rural, ela ainda seria mais atrativa, ante os 13,75% ao ano da Selic atual, mantidos pelo Banco Central (BC). Para Agustin, por sua vez, o nível mais adequado da taxa seria em torno de 5%, embora tal patamar corresponda hoje aos custos dos recursos das operações desenvolvidas pelo BNDES.

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