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Economia

Boi: frigoríficos deitam e rolam com mais boi do que os chutes das análises diziam

Consumo fraco não tem novidade alguma; o problema é a oferta muito acima da estimada

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Falar que o consumo doméstico de carne bovina continua fragilizado não tem nenhuma novidade.

Que a disparada das compras chinesas seria favas contadas a partir do momento em que desembargou as importações de carne brasileira, paralisadas em um mês de vaca louca, era para poucos acreditarem.

Então, de onde saíram as avaliações otimistas, desde a segunda quinzena de junho, e que perduraram até nos primeiros dias deste mês, quanto ao ‘agora vai’ do preço do boi?

Não foi e se acabar indo, não será antes de setembro.

A reposta é que tem mais animal sobrando do que se imaginava, em um mercado que não tem nenhuma estatística confiável.

Logo, se suspeita que a safra de boi das águas foi boa e os confinamentos tinham mais animais confinados do que diziam algumas análises.

Os únicos que conseguem sentir a oferta são os frigoríficos e estão comprando da mão para a boca, folgados em escala e até em estoques. O resto dos agentes simplesmente chutam.

E deitam e rolam, num quadro em que não há recuperação do consumo interno fora das promoções e as exportações estão aquém do otimismo, inclusive com chances de caírem em julho – fora em preços, já pressionados em 30% nas três primeiras semanas, em volume também.

Assim, pelo Cepea, o boi deve fechar o mês em baixa de 5%, mesmo que haja alguma estabilidade ou leve ganho nesta sexta (28). Ontem cedeu mais de 0,80%, a R$ 241,40.

Pela Scot Consultoria, derreteu para R$ 229 em São Paulo a @.

De que adianta haver melhor relação de troca com o milho?

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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