Boi não só para de cair, sobe; repasse na cadeia será limitador da ‘farra’ do consumidor?

Mais do que o encolhimento do disponível, por razões conjunturais ou por endurecimento dos produtores, é a queda mais acentuada dos preços no varejo que está fazendo mais a diferença.

É o boi gordo em questão.

O consumidor mais presente, respondendo às quedas em todos os cortes de carnes na última semana, que vieram mais fortes, deu ânimo para os frigoríficos acelerarem as compras e isso injetou altas no boi.

Os açougues e o atacado limparam bastante os estoques, em plena segunda quinzena do mês – período de bolso mais achatado dos consumidores.

Naturalmente, também, influiu na diminuição da oferta, mas esta ainda não estava tão presente sentindo a entressafra tardia.

Na sexta, a expressiva alta do Cepea, em 4,75%, com o boi entrando nesta segunda a R$ 213,70, seguindo duas valorizações diárias anteriores, também foi vista pela Scot Consultoria.

Mais do que parar de cair, o boi subiu.

Ainda deverá haver volatilidade, mas já passou a dar estímulo para o pecuarista controlar mais as vendas.

Resta saber, no entanto, como será o repasse na cadeia com esse reforço dos preços da matéria-prima, a ponto de testar novamente a disposição da população.