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Economia

Boletim Focus amplia previsão do IPCA e da Selic para 2024

Índice de inflação para o ano que vem subiu de 3,87% para 3,9%; Selic foi de 9% a.a. para 9,25% a.a.

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Pela terceira semana consecutiva, a previsão do Boletim Focus – consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país – para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano recuou de 4,65% para 4,63%, ao passo que para 2024, a projeção aumentou de 3,87% para 3,90%. Para 2025 e 2026, as estimativas anteriores de 3,5% para ambos foram mantidas, como há 14 semanas e 17 semanas, respectivamente.

Pelo critério de ‘preços administrados’, a projeção para o IPCA de 2023 baixou de 9,68% para 9,61%, ao passo que para 2024 subiu de 4,20% para 4,47%; caiu de 3,97% para 3,96% para 2025, mas foi mantida em 3,5%, como há 14 semanas, para 2026.

No que se refere ao IGP-M, a ‘inflação de aluguel’, a deflação caiu de -3,56% para -3,51%, enquanto permaneceram em 4% para 204, 2025 e 2026.

Até então em ascensão, a estimativa para o PIB neste ano desceu de 2,92% para 2,89%, mas continuou em 1,5% para 2024, como há seis semanas. O mesmo ocorreu em relação a 2025, que continuou em 1,90%, como nas seis pesquisas anteriores, e 2026, mantida em 2%, como nas últimas 12 semanas.

Selic volta a subir – A principal mudança desta edição do Focus veio da projeção da Selic que, embora mantida em 11,75% ao ano para 2023, voltou a subir, após várias semanas, para 2024, ao avançar de 9% ao ano para 9,25% ao ano, como também para 2025, que cresceu de 8,5% ao ano para 8,75% ao ano. Em contrapartida, a previsão para 2026, permaneceu, como há 13 semanas, em 8,50% ao ano.

A elevação da Selic para os anos citados vai de encontro à expectativa do mercado, de que o ritmo de cortes da taxa básica seria mantido em meio ponto percentual (0,5 p.p.), como nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, o que já reflete a volatilidade do mercado internacional, em razão do acirramento dos conflitos geopolíticos no planeta.

No plano cambial, o prognóstico para o dólar para o final de 2023 continuou em R$ 5,00, o mesmo valendo para 2024, mantido em R$ 5,05, e para 2025, reiterado em R$ 5,10. A única exceção coube a 2026, que passou de R$ 5,19 para R$ 5,20.

Resultado primário se ‘agrava’ – No que toca às contas públicas, a projeção para o resultado primário continuou, como há quatro semanas, em -1,10% do PIB, enquanto esta se ‘agravou’ para 2024, ao aumentar de 0,75% para 0,78% do PIB. Ao mesmo tempo, permaneceu em 0,55% do PIB a previsão para 2025, enquanto que para 2026, esta aumentou de -0,40% do PIB para -0,45% do PIB.

Embora a estimativa para dívida líquida do setor público em 2023 tenha continuado em 60,60% do PIB, a de 2024, apresentou recuo de 63,90% do PIB para 63,68%. Também reduzida, de 65,85% para 65,70% do PIB foi a projeção para 2025, ao passo que para 2026, houve avanço de 67,40% do PIB para 67,45% do PIB.

Superávit ampliado – No que se refere ao desempenho do comércio exterior este ano, o superávit da balança comercial brasileira foi ampliado de US$ 74,35 bilhões para US$ 74,95 bilhões. Em contrapartida, houve queda de US$ 61,80 bilhões para US$ 60,60 bilhões para 2024. Para 2025, porém, esta cresceu de US$ 58,30 bilhões para US$ 60,0 bilhões, o mesmo ocorrendo para 2026, que subiu de US$ 59,50 bilhões para US$ 60,0 bilhões.

Resumo dos indicadores:

2023
IPCA: 4,63% (contra 4,65% na semana anterior)

PIB: 2,89% (contra 2,90% na semana anterior)

Dólar: R$ 5,00 (=)

Selic: 11,75% (=)

2024
IPCA: 3,90% (contra 3,87% na semana anterior)

PIB: 1,50% (=)

Dólar: R$ 5,05 (=)

Selic: 9,25% (contra 9,00% na semana anterior)

2025
IPCA: 3,50% (=)

PIB: 1,90% (=)

Dólar: R$ 5,10 (=)

Selic: 8,75% (contra 8,50% na semana anterior)

2026
IPCA: 3,50% (=)

PIB: 2,00% (=)

Dólar: R$ 5,20 (contra R$ 5,19 na semana anterior)

Selic: 8,50% (=)

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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