Ações, Units e ETF's
Bolsa brasileira é a ‘bola da vez’ preferencial de investidor estrangeiro
Com valorização acumulada de 9,5% no ano, Ibovespa deixa para trás Wall Street, Europa e Ásia
Na contramão dos principais mercados mundiais, a bolsa brasileira segue em ascensão, acumula valorização de 9,5%, acumulado desde o início deste ano, no mesmo período em que a tecnológica Nasdaq ianque tombou 10,85% e a alemã, de Frankfurt (Alemanha), perdeu outros 2,84%.
Contagem regressiva – A vantagem, no entanto, deve ter seus dias contados, à medida que se tornar mais forte o aperto monetário por parte do Federal Reserve (Fed) – bc ianque – a título de combater uma inédita (há 40 anos) taxa anualizada de inflação de 7,5%. Dessa forma, a iminente alta dos juros ianques turbinaria de volta os capitais que, nesse instante, se ‘refestelam’ com os atualmente descontados (ou seja, baratos), papéis nacionais.
‘Bola de vez’ – Como se fosse a ‘bola da vez’, o mercado latino-americano, em especial aquele ligado a ‘um ambiente de commodities mais altas’, passou a ser destino preferencial do investidor internacional, em busca de melhor rentabilidade.
Saldo de R$ 42 bi – Somada a entrada de R$ 1,560 bilhão de recursos estrangeiros na B3 (B3SA3), o saldo acumulado do ano registra o montante de R$ 42,289 bilhões.
Melhor opção – O trunfo tupiniquim vem, então, por exclusão, até porque hoje as bolsas dos EUA estão caras; as europeias encarando maior risco, com a escalada da tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia, sem contar com a persistente crise imobiliária chinesa.
Mérito das commodities – “O otimismo não é com os ativos brasileiros, mas com as companhias que trabalham com commodities”, dispara o diretor de investimentos da XP Private, Artur Wichmann, para quem, “antes de dizer que o Brasil está se destacando, tem de separar o que é mérito nosso, pois é o mundo ligado ao ciclo de commodities e à alta de juros é que vai muito bem”.
Volatilidade crescente – Relatório recente da XP aponta tendência de volatilidade crescente para os próximos meses, à medida que se aproximar o pleito, no final do ano.
Desconto de 30% – O estudo acentua, ainda, que o índice Ibovespa continua barato, se também considerada a relação P/L de 12 meses negociada atualmente, em 7,6x, o que corresponde a um desconto de quase 30% em relação à sua média de 15 anos (11,2x).
Abaixo da avaliação – Olhando de outra forma, se retiradas as duas maiores empresas de commodities Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), a relação P/L do Ibovespa se mantém abaixo de sua avaliação histórica (10,6x).
Indicador essencial – No jargão econômico, Preço sobre Lucro (P\L) é um indicador que relaciona o valor de mercado de uma ação com o lucro apresentado ou projetado pela empresa em questão.
Bolsa ‘barata’ – Sob o viés dos juros, a bolsa brasileira também está barata, pois seu prêmio de risco, de 7,8%, pode ser considerado elevado, ante à média de longo prazo de 4,9%.
As barbadas – Entre os setores, do mercado nacional, hoje negociados abaixo da média histórica (com base no P\L), o estudo da XP destaca as teles, elétricas, energia, saúde e tecnologia.
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