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Política

Bolsonaro critica a Petrobras pelo aumento dos combustíveis

O presidente disse que “é impagável o preço dos combustíveis no Brasil” e que a “Petrobras não colabora com nada”.

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A Petrobras cometeu um ‘’crime’’ contra a população brasileira por não ter aguardado um dia para reajustar os preços dos combustíveis, segundo o Presidente da República, Jair Bolsonaro.

“O barril do petróleo chegou a US$ 135 na semana passada, agora já caiu e está em US$ 100. A gente está esperando, inclusive, ter um retorno da Petrobras para rever esses preços que foram absurdamente majorados na semana passada. É um problema mundial o problema dos combustíveis ocasionado pelo problema da Rússia com a Ucrânia. Qualquer nova alta a gente vai, da nossa parte aqui, desencadear um processo para que esse reajuste não chegue na ponta da linha para o consumidor. É impagável o preço dos combustíveis no Brasil. E lamentavelmente a Petrobras não colabora com nada.”

O presidente teceu duras críticas à estatal e disse que, por ele, a empresa poderia ser privatizada. “Muita gente me crítica como se eu tivesse poderes sobre a Petrobras. Para mim, é uma empresa que poderia ser privatizada hoje, ficaria livre desse problema. E a Petrobras se transformou na Petrobras Futebol Clube, onde o clubinho lá de dentro só pensa neles, jamais pensam no Brasil. Até mesmo o repasse de gás cozinha, algo impensável, fizeram também”, argumentou.

Presidente pediu que a Petrobras aguardasse aprovação de medidas

Bolsonaro revela que fez o envio de um pedido ao geral Silva e Luna, presidente da Petrobras, para que a elevação dos preços dos combustíveis fosse atrasada em um dia para que o congresso conseguisse aprovar os projetos relativos ao assunto.

“Por questão de um dia, foi feito o contato com a Petrobras porque chegou para nós que eles iriam reajustar na quinta passada. Foi feito um pedido para que (a companhia) deixasse (o aumento) para o dia seguinte, atrasasse um dia. Eles não nos atenderam. Nós não podemos interferir no preço da Petrobras. Se pudesse interferir, as decisões seriam outras”, ressaltou o presidente.

“Pedimos para atrasar um dia porque estava sendo votado no Senado e no mesmo dia seria votado na Câmara um projeto de lei para recalcular o valor do ICMS em cima do diesel, bem como para zerar o imposto sobre o diesel. Resumindo, foi dado o aumento 0,90. No dia seguinte, anunciamos a redução de 0,60. Eu te pergunto, na bomba baixou os 0,60? Não. Então, por um dia, a Petrobras cometeu esse crime contra a população desse aumento absurdo no preço dos combustíveis. Isso não é interferir na Petrobras, na ação governamental. É apenas bom senso, poderiam esperar um mês”, acrescentou.

Bolsonaro quer redução dos preços

O presidente ainda cobrou a redução dos preços dos combustíveis. “Quando eles deram o aumento, o preço do petróleo lá fora estava em US$ 130. Hoje está em US$ 100. Agora eu pergunto à Petrobras, porque eu não tenho ascendência sobre ela, eu não mando na Petrobras: Vão reduzir o aumento absurdo concedido na semana passada ou está muito bom para todos vocês da Petrobras?”, questionou.

Quando perguntado sobre uma possível substituição do general Silva e Luna, Bolsonaro respondeu: “Existe essa possibilidade. Todo mundo no governo, ministros, secretários, diretores de empresa, presidentes de estatais podem ser substituídos se não estiverem fazendo trabalho a contento. Não quer dizer que vai ser trocado ou que não vai ser trocado. Eu só não posso mudar o vice-presidente. O resto, todos podem ser trocados, obviamente, por motivo de produtividade, por motivo de falha ou omissão no respectivo serviço. Quero dizer que o presidente da Petrobras está amarrado numa série de legislação, mas a (negativa da) solicitação feita – não oficialmente, porque não podemos interferir na Petrobras e nem vamos interferir -, de atrasar um dia o anúncio do pagamento, isso pegou muito mal para todos nós aqui em Brasília”, concluiu.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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