Economia
Brasil deve ascender à posição de 9ª economia mundial no final de 2023
Com a revisão do Fundo Monetário Internacional (FMI), país sobe duas posições, ante 2022
Depois de ficar de fora do seleto grupo das dez maiores economias mundiais, nos últimos anos, o Brasil deve voltar a figurar, no final deste ano, como a 9ª maior economia do planeta, segundo projeção mais recente do Fundo Monetário Internacional (FMI). No ano passado, a pátria tupiniquim ocupava a 11ª posição no ranking.
A célere ascensão verde-amarela está diretamente associada à arrancada econômica nacional, ao longo deste ano, cuja previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,1%, poucos meses atrás, para a mais recente, de 3,1%.
A evolução foi captada pelo próprio FMI, ao projetar, em abril último, que o país encerraria o ano como a 10ª economia do planeta, ao apresentar um PIB de US$ 1,920 trilhão (em valores correntes). No entanto, em seu último relatório, ‘World Economic Outlook’, divulgado na última semana, o fundo revisou para cima (US$ 2,126 trilhões) o PIB nacional, deixando para trás Canadá (US$ 2,117 trilhões) e Rússia (US$ 1,862 trilhão), o que recoloca ‘Pindorama’ como a nova maior economia mundial. Nessa reavaliação, estariam no top 5, em ordem decrescente: Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e Índia.
Entre os fatores para a escalada brasileira no caminho da riqueza, um dos destaques é a valorização da moeda brasileira. Segundo cálculos do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, atualmente, a taxa de câmbio nominal do real, hoje na casa de R$ 4,99, apresenta valorização de 2,17%, em contraste com o rublo russo, que ‘despencou’ 12,9%, ao passo que o dólar canadense subiu apenas 1,2%. “O Brasil tem um ritmo de crescimento melhor do que esses países e também porque a sua moeda se valorizou mais”, acentua Agostini.
Ao argumentar, em seu relatório, que “o crescimento econômico do Brasil é mais forte que o esperado”, o FMI avalia que este resultado seria “impulsionado pela dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023”. Caso mantenha o ritmo de expansão atual, o país deve ser alçado à 8ª posição em 2026, ao contabilizar US$ 2,476 trilhões, superando a Itália, se mantendo assim, até 2028. Ainda assim, o Brasil não recuperou a sétima colocação nesse ranking, exibida entre os anos de 2010 e 2014 (gestões Lula e Dilma).
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