Brasil e Bolívia vão ampliar produção de fertilizantes

Ontem, os governos do Brasil e da Bolívia firmaram um memorando de entendimento para colaborarem na ampliação da produção de fertilizantes. O acordo inclui estudos para a construção de fábricas de fertilizantes nitrogenados, mapeamento geológico, pesquisa mineral e medidas para facilitar o comércio desses insumos.

Conforme o memorando divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, a cooperação estratégica visa possibilitar estudos sobre a viabilidade e o potencial econômico de projetos em Três Lagoas (MS) e Cuiabá (MT), no Brasil, e em Porto Quijarro (Santa Cruz), Uyuni (Potosí), Copaisa (Oruro) e Santivañez (Cochabamba), na Bolívia.

A execução do memorando será conduzida por um grupo de trabalho conjunto, formado por representantes das áreas técnicas, responsável por elaborar um plano estratégico de cooperação em conformidade com as leis dos dois países.

Produção de fertilizantes

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a Bolívia possui grandes reservas de gás natural, uma matéria-prima crucial para a produção de fertilizantes nitrogenados, além de minerais utilizados em outros tipos de nutrientes. No entanto, o país enfrenta carências em capacitação e recursos para desenvolver suas cadeias.

O memorando busca reduzir essa carência ao prever ações de cooperação técnica, plano de desenvolvimento industrial e programa de atração de investimento, entre outras medidas.

A assinatura do memorando ocorreu durante a visita da chanceler boliviana, Celinda Sosa Luna, que veio ao Brasil pela segunda vez desde novembro de 2023. A visita incluiu a assinatura de um acordo que reconhece a validade recíproca das carteiras de habilitação emitidas no Brasil e na Bolívia.

A medida tem como objetivo permitir que motoristas habilitados possam conduzir veículos no território vizinho, agilizando o trânsito rodoviário. Para aqueles que não estabelecerem residência legal, a autorização para dirigir portando o documento de seu país de origem terá validade de 180 dias a partir da data de entrada no território vizinho.

(Com Agência Brasil).