Economia
Brasil é vice-campeão mundial no ranking de assassinatos de ambientalistas
País responde por 34 execuções, de um total de 177 no planeta em 2022
Vice-campeão mundial de assassinatos de defensores do meio ambiente em 2022. O ‘título’, nada invejável e altamente repulsivo é cativo da ‘terra brasilis’, cujo território foi palco da ‘eliminação’ de 34 ambientalistas, dos 177 mortos, em todo o globo, no ano passado, segundo aponta estudo, divulgado nessa terça-feira (12), pela ONG Global Witness (testemunha global, em tradução livre do inglês).
No continente sul-americano, ‘pindorama’ só perde para a violentíssima Colômbia, que ostenta 60 execuções, cujo Estado já estaria quase totalmente contaminado pelo narcotráfico, devido à volúpia insaciável por mais territórios.
Levando em conta a execução sistemática daqueles que se ‘atrevem’ a lutar pela preservação da natureza e dos recursos naturais – condição óbvia para a permanência humana no planeta – seria o mesmo que dizer que, a cada dois dias, um ambientalista é executado, para não mais ‘atrapalhar’ negócios exploratórios bem rentáveis. Mas se contabilizada a carnificina mundial, na última década, o número sobe para 1.910 óbitos.
Incomparável mesmo é a escalada colombiana, a líder do ranking da violência, cujos 60 assassinatos representam o dobro do montante registrado no ano anterior, que se refere a um contingente formado, em sua maioria, por indígenas, membros de comunidades afrodescendentes ou, ainda, por pequenos agricultores, como registra o relatório da instituição sem fins lucrativos.
Embora em proporção menor, o Brasil também apresenta avanço da letalidade seletiva, de 26 para 34, de 2021 para 2022, progressão ratificada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo relatório sobre conflitos no campo é publicado anualmente.
Em entrevista ao site DW Brasil, a consultora sênior da ONG no Brasil, Gabriella Bianchini acentua que “nos últimos quatro anos, vivemos um governo federal que desmontou as agências de proteção ambiental e dos povos indígenas. Várias frases do ex-presidente Jair Bolsonaro incentivavam invasão e garimpo ilegal nas terras indígenas”.
Também terra inóspita para ambientalistas, o México ‘perdeu’ a liderança do ranking, ao recuar de 54 mortes, no ano passado, para 31 mortes, em 2021. “A situação geral permaneceu terrível para as defensoras e defensores da terra e do meio ambiente, e os ataques não letais – incluindo intimidação, ameaças, deslocamento forçado, assédio e criminalização – seguem prejudicando seriamente o trabalho dessas pessoas”, arremata o documento.
A triste conclusão é que a América Latina é a região mais perigosa do mundo para ambientalistas, ao responder por 88% do total das execuções, haja vista que dos 18 países incluídos no relatório, 11 são latino-americanos.

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