Brasil exporta recorde mensal de 4,1 mi sacas de café em outubro, segundo Cecafé

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou nesta quarta-feira que o país exportou 4,1 milhões de sacas de café em outubro, somando grãos verdes e o produto solúvel e torrado e moído, avanço de 11,5% frente a igual período de 2019 e recorde para o mês.

A quantidade de café verde embarcada totalizou 3,8 milhões de sacas, aumento de 14,4% em relação a outubro do ano passado, com o Brasil segurando grandes volumes após a chegada de uma grande colheita ao mercado. O dado informado mais cedo no mês pelo governo está em linha com o do Cecafé.

“Com embarques acima de 4 milhões de sacas, pelo segundo mês consecutivo, o país obteve um desempenho histórico inédito que culminou no melhor resultado no 5º bimestre, com o volume acumulado no período (setembro/outubro) de 8,3 milhões de sacas”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

O volume total de outubro respondeu pela segunda maior exportação mensal de 2020, ficando atrás somente de setembro, quando foram embarcadas 4,17 milhões de sacas.

As expectativas são da continuidade desses volumes nos próximos dois meses, disse Carvalhaes.

A receita cambial gerada pelos embarques em outubro foi de 509,6 milhões de dólares, alta de 8,5% frente igual mês do ano passado. Convertendo para a moeda brasileira, o valor foi de 2,9 bilhões de reais, a maior receita dos últimos cinco anos, com avanço de 49,4% ante outubro de 2019.

O preço médio da saca de café no mês, por sua vez, foi de 124,52 dólares cada, recuo de 2,7% na comparação ano a ano.

No quesito variedades, café arábica representou 81,4% dos embarques, equivalente a 3,3 milhões de sacas. Já café conilon (robusta) respondeu por 11,5%, com o embarque de 471,8 mil sacas, e o café solúvel totalizou 7,1% das exportações, com 288,4 mil sacas.

O café arábica também se destacou pelo crescimento de 12,4% nas vendas na relação anual e o conilon disparou 31,4% na mesma base de comparação.

Os números confirmam a tendência de expansão do “market share” do Brasil, disse o Cecafé, destacando a capacidade do país em suprir cafés arábicas certificados junto à bolsa de Nova York.

Questões de logística, como falta de contêineres no porto e espaço nas embarcações, estão gradualmente se normalizando, concluiu a entidade.