Brasil na era da nova moeda: por que tantos estão confusos?

Recentemente, você deve ter lido algo sobre o Real Digital, ou, para ser mais específico, o Drex, que foi o nome oficial divulgado pelo Banco Central quando anunciou a nova moeda digital oficial do Brasil, que está atualmente em fase de testes. No entanto, muita gente ainda não entendeu do que se trata a novidade.

Alguns acham que é uma espécie de “parente” do Pix, mas são duas coisas bem diferentes. Afinal, o Pix é um método de pagamento instantâneo, enquanto o Drex se trata do próprio dinheiro com o qual será possível fazer diversos tipos de transações, que devem ser muito úteis para a população de modo geral.

O próprio nome dá alguns indícios do que será a moeda: “D” significa “digital”, “R” é “rastreável”, “E” resume “eletrônico” e o “X” é uma maneira de representar a modernidade, conexão e, indo um pouco além na interpretação, a vasta quantidade de transações econômicas que poderão ser feitas com a moeda.

Outro erro comum é considerar o Drex como uma criptomoeda, o que também não é o caso. Isso porque a tecnologia usada não é a do blockchain, existente na maioria dos criptoativos encontrados no mercado atual. Então, estamos falando de um verdadeiro Real digital, não de mais uma opção de cripto para investir ou algo do tipo.

O mais interessante é que, por ser digital, deve ser possível usar o Drex em contratos inteligentes, o que deve modernizar e praticamente revolucionar várias negociações simples, mas, que atualmente exigem certa burocracia e pagamento de taxas adicionais.

Por exemplo, imagine que você vai comprar uma casa. Usando a nova moeda brasileira, deverá ser possível que o dinheiro seja liberado para o vendedor somente quando o bem tiver sido transferido para o comprador, sem precisar ir até o cartório ou “confiar” um no outro. Revolucionário, realmente, não acha?

É claro que esse é apenas um exemplo das incontáveis modernidades que o Drex pode trazer para o dia a dia do brasileiro. No momento, o que resta é aguardar a fase de testes e conferir quais novidades a moeda poderá trazer, na prática.