Economia
Brasil se torna livre da febre aftosa
A informação é do governo federal.
O governo federal anunciou ontem que o Brasil alcançou o status de país livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação animal. A autodeclaração desse novo status sanitário foi feita pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Essa conquista vem após o encerramento da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.
Fávaro expressou sua satisfação com o feito, destacando que o Brasil agora alcança um nível mais elevado de sanidade animal, abrindo portas para mercados mais exigentes e lucrativos. Essa mudança possibilitará, por exemplo, a exportação de carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, que apenas negociam com nações livres da doença e sem vacinação.
O vice-presidente Alckmin também comemorou esse marco histórico, ressaltando o avanço do Brasil rumo à sanidade animal e à defesa agropecuária. A próxima etapa envolve a submissão da documentação à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é responsável por reconhecer o novo status sanitário do país.
Febre aftosa
Para obter a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a doença e a proibição do ingresso de animais vacinados nos estados por pelo menos 12 meses. O Brasil planeja apresentar o pedido em agosto deste ano, com o resultado esperado para maio de 2025, durante a assembleia geral da entidade.
Atualmente, apenas alguns estados brasileiros têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA. A mudança representa uma significativa redução de custos, já que mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades não precisarão mais ser vacinados contra a doença, gerando uma economia direta de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação contra a febre aftosa no Brasil teve início há mais de 50 anos, e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos sanitários mais rigorosos por parte dos estados, conforme enfatizado pelo ministro Carlos Fávaro.
A carne é o quarto principal item de exportação do Brasil, ficando atrás apenas da soja, do petróleo bruto e do minério de ferro.
(Com Agência Brasil).
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