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BrasilAgro reporta lucro líquido 48% menor no ano agrícola de 2023

Companhia atua na aquisição de terras.

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A BrasilAgro (AGRO3) registrou lucro líquido de R$ 268,5 milhões no ano agrícola de 2023, encerrado em 30 de junho passado.

O volume representa uma queda de 48% frente a igual etapa do ano anterior, quando obteve lucro de R$ 520 milhões.

De acordo com o balanço, a receita líquida alcançou R$ 903,3 milhões, redução de 23% em relação a 2022 (R$ 1,168 bilhão) e o Ebitda ajustado somou R$ 533,7 milhões no período.

Vale lembrar que a empresa atua na produção e comercialização de grãos e fibras, bioenergia e também faz operações de compra e venda de propriedades rurais.

Por volta das 11h15 a ação AGRO3 subia 9,21%, cotada a R$ 26,56.

BrasilAgro (AGRO3): ano agrícola de 2023

Ainda de acordo com o balanço, a empresa encerrou o quarto trimestre da safra 2022/23, em junho, com lucro líquido de R$ 242,7 milhões, quase oito vezes mais que no mesmo período do ciclo 2021/22 (R$ 31,1 milhões).

Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia cresceu de R$ 66,9 milhões para R$ 365,2 milhões, e a receita líquida total aumentou 92%, para 673,5 milhões.

O relatório aponta que os fortes crescimentos de lucro e Ebitda foram diretamente influenciados pelas vendas de áreas de duas fazendas, por R$ 415 milhões. De abril a junho do ano passado, não houve negócios do gênero – e, portanto, não houve receita líquida imobiliária.

Balanço

O balanço traz, ainda, que na área operacional a receita líquida caiu 27% entre os quartos trimestres, para R$ 257,7 milhões. Embora os volumes de produtos agrícolas movimentados tenham aumentado, a queda dos preços de soja e milho foram determinantes para a retração. Assim, o Ebitda ajustado operacional diminuiu 45%, para R$ 36,7 milhões, e houve prejuízo líquido operacional de R$ 85,9 milhões.

Com os resultados do quarto trimestre, a BrasilAgro encerrou o exercício 2022/23 com lucro líquido de R$ 268,5 milhões, em queda de 48% ante a safra anterior.

Já o Ebitda ajustado total registrou baixa de 23%, para R$ 533,7 milhões, e a receita líquida consolidada foi 9% menor (R$ 1,349 bilhão). Com a forte elevação dos preços de insumos, aprofundada pela disparada dos fertilizantes depois da invasão russa na Ucrânia, a safra 2022/23 de grãos e fibras foi marcada por custos recorde, ao mesmo tempo em que a baixa das cotações de soja e milho no primeiro semestre deste ano afetou a receita das vendas.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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