BRF confirma follow-on que pode movimentar R$ 5,3 bi com lote extra

A BRF (BRFS3) comunicou a realização de follow-on com a precificação da ação em 13 de julho.

O movimento diz respeito a uma oferta subsequente de ações, e a quantidade de ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida em até 20% do total inicial até o encerramento procedimento de bookbuilding.

De acordo com a companhia, considerando o preço do fechamento do papel no pregão de 30 de junho, de R$ 8,91, o montante total deve alcançar R$ 4,455 bilhões, sem considerar ações adicionais.

Com o lote extra, a oferta pode chegar a R$ 5,346 bilhões. A operação prevê a emissão de 500 milhões de novas ações, das quais 250 milhões deverão ser subscritas pela Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic), enquanto a Margrig deve subscrever outras 250 milhões de ações. O início das negociações dos novos papéis na Bolsa está previsto para o dia 17 de julho, com a liquidação ocorrendo no dia seguinte.

Goldman Sachs

Na última semana o Goldman Sachs divulgou relatório reiterando venda para as ações da BRF, com preço-alvo em R$ 6,20 por ação, mesmo com o aporte de R$ 4,5 bilhões em vias de efetivação.

O banco de investimentos destaca que a cautela é importante, sobretudo com a gripe aviária. Thiago Bortoluci, que assina o relatório do banco norte-americano, diz ver crescentes riscos de um possível contágio para as unidades comerciais.

Na avaliação do Goldman Sachs, o contágio, por consequência, poderia acarrentar em restrições temporárias de comércio.

Bortoluci relembra que a BRF (BRFS3) deriva 24% de suas vendas das exportações de frango do Brasil.

pressões de suas operações no exterior, somadas a alta alavancagem e a geração negativa de fluxo de caixa livre, pesam sobre a perpectiva do Goldman Sachs para os papéis.