Empresas
C&A registra lucro líquido de R$109,3 mi no 4º trimestre
A receita no período ficou praticamente estável, em R$1,74 bi
A C&A (CEA3) reportou lucro líquido de R$ 109,3 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 38% ante igual período do ano anterior, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, a receita ficou praticamente estável, em R$ 1,74 bilhão. A companhia apurou queda de 2,4% nas vendas na categoria de vestuário, para R$ 1,39 bilhão, enquanto as dos “Fashiontronics” (celulares, acessórios eletrônicos) aumentaram 13,3%, para R$ 301,2 milhões. A receita com serviços financeiros avançou 3,1%, para R$ 49,1 milhões.
Segundo o Valor, as vendas “mesmas lojas”, que consideram o desempenho nas unidades abertas há mais de 12 meses, caíram 0,8% ante o quarto trimestre de 2019.
Em relatório, a administração da C&A diz que observou uma “recuperação gradual e consistente” das vendas até o fim de novembro, mas que, com o aumento do número de casos da covid-19, o mês de dezembro foi negativamente impactado.
As despesas operacionais da C&A aumentaram 15%, para R$ 652,6 milhões.
A empresa registrou a recuperação de créditos tributários, de R$ 94,9 milhões, relacionados ao ganho de causa em ação do PIS/Cofins nas operações da Zona Franca de Manaus.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 306,6 milhões, 24% menor que o apurado um ano antes. Em termos ajustados, a variação foi de 31%, para R$ 257 milhões.
C&A
A companhia deve abrir 25 novas lojas em 2021, mas a prioridade agora são cidades menores e mais pontos de venda nas ruas. A estratégia segue a lógica de mais vendas digitais que triunfou na pandemia. Hoje, unidades físicas em municípios maiores já servem como pontos de retirada das compras virtuais. O interior ainda tem potencial maior a ser explorado pelas grandes redes, que passam a usar as lojas como estoque aos pedidos on-line.
“Há várias cidades menores, mais distantes dos grandes centros para as quais mandar um produto de São Paulo, por exemplo, demora muito tempo. Quando abrimos nesses lugares, além de ser um mercado novo e não canibalizar outros pontos, melhoramos o nível de serviço digital levando o estoque para mais perto do cliente”, diz Fernando Brossi, vice-presidente de Operações da C&A Brasil. Como parte dessas cidades não têm shoppings ou, quando têm, são centros sem tanto movimento, a escolha é abrir lojas de rua em locais de mais fluxo.
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