Economia
Cacau amazônico conquista mercado japonês
Expo Osaka 2025 começa este mês.
Pequenos produtores de cacau de Tomé-Açu, no Pará, estão conquistando espaço no competitivo mercado japonês graças a um modelo produtivo sustentável e inovador. A produção local, que mistura o cultivo de cacau com outros frutos típicos da Amazônia, como cupuaçu e açaí, recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG) e agora ganha destaque internacional.
A presença do produto no Japão tem um simbolismo especial: o município paraense, localizado a cerca de 200 quilômetros de Belém, abriga a terceira maior comunidade japonesa do Brasil, formada há mais de 90 anos por imigrantes que se estabeleceram na região e transformaram a paisagem agrícola com técnicas de cultivo integradas à floresta.
Essa trajetória de sucesso será uma das histórias brasileiras representadas na Expo Osaka 2025, evento internacional que começa neste mês e deve reunir mais de 28 milhões de visitantes até outubro. O Sebrae participa da inauguração do Pavilhão Brasil, nos dias 13 e 14 de abril, ao lado da ApexBrasil, com o objetivo de abrir novas oportunidades para negócios sustentáveis e da bioeconomia.
“Tomé-Açu é um exemplo de como a força do empreendedorismo transforma realidades. A comunidade japonesa no Brasil, com sua resiliência e dedicação, ajudou a construir um modelo produtivo que gera renda, preserva o meio ambiente e agora ganha o mundo”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.
Cacau amazônico
A participação na Expo também marca os 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão, uma parceria reconhecida desde 2014 como estratégica e global. O Japão é atualmente o nono principal destino das exportações brasileiras e o 12º maior investidor no país, segundo a ApexBrasil.
O Pavilhão Brasil, com cerca de 1.000 m² divididos em dois edifícios, foi projetado pela cenógrafa Bia Lessa e propõe uma experiência sensorial e interativa, em que o visitante é tanto observador quanto parte da exposição. A ideia é apresentar o país por meio de sua diversidade cultural, potencial econômico e compromisso com a sustentabilidade — pilares que movem também os pequenos negócios.
Expo Osaka
Segundo Décio Lima, a Expo Osaka será uma vitrine para o empreendedorismo brasileiro, em especial o sustentável. “Com seis biomas, o Brasil tem um potencial único. Hoje, 95% das empresas no país são pequenos negócios. Iniciativas como o Inova Cerrado e Pantanal e o novo edital de tração mostram como o empreendedorismo pode ser uma resposta concreta à informalidade e à fome. Nossa presença na feira é mais do que comercial — é um passo em direção a um futuro mais justo e sustentável.”
Além do cacau de Tomé-Açu, outras iniciativas da bioeconomia brasileira também serão apresentadas ao público japonês, reforçando os laços culturais e comerciais entre os dois países e projetando o Brasil como protagonista no debate sobre o futuro da sociedade e do planeta.
(Com Agência Brasil).

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