Carrefour Brasil (CRFB3) vai emitir R$ 750 mi em debêntures

O Carrefour Brasil (CRFB3) vai emitir R$ 750 milhões em debêntures, conforme fato relevante encaminhado ao mercado.

De acordo com o documento, o movimento foi aprovado por seu conselho de administração, e diz respeito à quinta emissão da companhia, inicialmente em 750 mil títulos simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em até três séries, para colocação privada, com valor unitário de R$ 1 mil.

Também traz que a quantidade de debêntures inicialmente emitida poderá ser aumentada em até 25%, ou seja, em até 187.500 mil debêntures, caso haja exercício da opção de lote adicional no âmbito da emissão dos CRA.

E acrescenta que as debêntures não contarão com qualquer garantia real ou fidejussória, ou qualquer segregação de bens da companhia como garantia, e serão vinculadas a uma operação de securitização, servindo de lastro para a emissão de certificados de recebíveis do agronegócio, em até três séries, da 86ª emissão da VERT COMPANHIA SECURITIZADORA.

Carrefour Brasil (CRFB3): debêntures

Ainda de acordo com o fato relevante, os CRA a serem emitidos pela Securitizadora serão objeto de requerimento de registro junto à CVM por meio do rito de registro automático de distribuição.

Os recursos líquidos obtidos pela companhia com a emissão serão destinados integral e exclusivamente na aquisição de produtos agropecuários in natura, no âmbito de relações comerciais mantidas pela companhia.

1T23

Vale lembrar que no primeiro trimestre de 2023 a empresa obteve prejuízo ajustado de R$ 375 milhões, com Ebitda ajustado de R$ 1,038 bilhão, queda de 16,8% na comparação anual.

Levantamento do Valor Econômico aponta que até mesmo redes de varejo líderes de mercado como Lojas Renner (LREN3), Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3) têm sido afetada pelos juros altos, escassez de crédito, a forte competição entre as empresas e a inadimplência.

Desde janeiro, os papéis do Carrefour recuaram 36,5%, as do Assaí 39,5% e as da Renner, 20%. Os balanços do 1TRI dessas empresas mostram a desaceleração do crescimento da receita nominal e a pressão com gastos fixos. Para reduzir o endividamento, várias empresas de capital aberto estão vendendo ativos, como lojas, depósitos e até a sede, como o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3).