Carros autônomos provavelmente terão luz azul-turquesa: saiba o motivo da mudança

Os carros autônomos ainda estão em fase de adaptação, mas uma novidade já começa a ser implementada para tornar as ruas mais seguras: a luz azul-turquesa. A mudança surge como uma forma de diferenciar veículos sem motoristas dos convencionais, facilitando a comunicação com pedestres, ciclistas e outros motoristas no trânsito.

A ideia foi impulsionada pela Mercedes-Benz e passou por testes em países como Estados Unidos, Alemanha e China. O conceito, no entanto, já está sendo analisado por órgãos reguladores e pode se tornar um padrão global à medida que os carros autônomos se popularizem.

Por que azul-turquesa?

A escolha da cor foi baseada em estudos sobre percepção visual e segurança. Vermelho, amarelo e branco foram descartados por já serem amplamente usados para outras funções nos veículos, como freios e setas.

O azul-claro se destacou por ser facilmente identificável até mesmo por daltônicos e por chamar a atenção sem causar confusão. Além disso, a cor azul-turquesa gera um efeito psicológico de confiança e previsibilidade.

Isso significa que, ao verem essa cor acesa, pedestres e motoristas entenderão imediatamente que o veículo está operando de maneira autônoma e poderão ajustar seu comportamento no trânsito.

Diferentemente de faróis ou lanternas de freio, a luz azul-turquesa ficará acesa de forma contínua sempre que o carro estiver no modo autônomo. Isso permitirá que quem estiver ao redor identifique o status do veículo sem a necessidade de sinais manuais, como um aceno de motorista para um pedestre atravessar a rua.

A Mercedes-Benz já testou a novidade em seu modelo EQS, que recebeu aprovação nos EUA e na Alemanha. A expectativa é que outras montadoras adotem a tecnologia em breve, criando um padrão global para tornar a condução autônoma mais segura e intuitiva.

Como os carros autônomos funcionam?

Os carros autônomos utilizam sensores, câmeras e radares para mapear o ambiente ao redor e tomar decisões em tempo real. Esses veículos utilizam inteligência artificial para analisar dados do trânsito, identificar obstáculos e prever o comportamento de pedestres, garantindo uma condução segura.

Além disso, os sistemas de direção autônoma são divididos em níveis, que variam desde assistências simples, como piloto automático, até a completa autonomia, onde o carro não precisa de intervenção humana. Atualmente, poucos modelos operam no nível 3, que permite ao motorista desviar a atenção enquanto o veículo dirige sozinho em determinadas condições.

A comunicação entre os carros autônomos e a infraestrutura das cidades também será essencial para a eficiência desse sistema. No futuro, espera-se que esses veículos troquem informações entre si e com semáforos inteligentes, otimizando o trânsito e reduzindo o número de acidentes.