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Cheque especial é um facilitador ou armadilha financeira?

O cheque especial oferece agilidade, mas os altíssimos juros podem transformá-lo em um vilão financeiro.

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Cheque Especial

Com a inflação em alta e o poder aquisitivo em declínio, muitos brasileiros recorrem a empréstimos para fechar as contas. Entre as opções mais utilizadas está o cheque especial, que registrou crescimento de 22% em 12 meses até janeiro de 2023, segundo o Banco Central.

Apesar da conveniência, essa linha de crédito exige cautela. Inclusive, frequentemente, os correntistas nem percebem quando começam a utilizá-la.

A prática é comum quando não há saldo na conta para determinadas transações e o banco cobre automaticamente o valor, destaca Fernando Lamounier, da Multimarcas Consórcios.

A facilidade de acesso ao cheque especial vem acompanhada de um preço alto. Em fevereiro de 2023, o Procon-SP identificou que as taxas de juros anuais poderiam alcançar 150%, tornando-se uma das linhas de crédito com o maior índice de inadimplência, conforme dados do Banco Central em janeiro.

Entendendo o cheque especial

Imagem: reprodução

O cheque especial é um empréstimo pré-aprovado que pode ser acessado pelo correntista sem burocracia. Permite ao usuário gastar além do saldo da conta corrente, até um limite definido. Carolina Volcov, da Semeare Investimentos, ressalta que os juros incidem sobre o montante utilizado.

Desde 2018, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) introduziu regras para um uso mais consciente. Essas normas incluem notificações sobre o uso, discriminação clara no extrato e opções de negociação para o pagamento de dívidas acumuladas. A ideia é evitar surpresas financeiras.

O prazo de pagamento é definido pelo próprio banco, mas frequentemente exige quitação em até 30 dias. O principal risco é a dívida gerada pelos juros altos, que pode complicar a situação financeira do usuário se não for quitada pontualmente.

Prevenção e alternativas

Para evitar problemas, ajustar o limite de crédito ao planejamento financeiro é uma solução prática. Reduzir ou cancelar o limite pré-aprovado pode prevenir dívidas onerosas. Alternativas mais baratas, como empréstimos pessoais com juros menores, também devem ser consideradas.

O limite de crédito é o montante máximo que uma instituição financeira permite que se use sem juros, caso seja pago no vencimento. Para ter acesso, o cliente passa por uma avaliação de crédito. Já o limite pré-aprovado é concedido com base em análises prévias e facilita a obtenção de crédito.

Formado em História e em Tecnologia de Recursos Humanos. Apaixonado pela escrita, hoje vive o sonho de atuar profissionalmente como Redator de Conteúdo para Web, escrevendo artigos, em diversos nichos e formatos diferentes.

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