China e México importam soja dos EUA com preços atingindo máximas em mais de 2 anos

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou dados que mostram que as exportações de soja dos Estados Unidos seguem aquecidas apesar de um aumento dos preços para máximas em mais de dois anos e meio, com compradores do México e da China se destacando.

Exportadores privados embarcaram 374 mil toneladas da oleaginosa para a China e 152,4 mil para o México, e mais 132 mil toneladas outros destinos, mostram anúncios diários do USDA sobre exportações.

O total da soma de ambos os negócios respondem pela maior venda de exportação diária dos EUA registrada desde 8 de setembro.

O Brasil, maior exportador global e principal fornecedor da China, vem enfrentando preocupações devido aos atrasos no plantio por causa da falta de chuva, o que de acordo com analistas pode expandir a demanda pela soja norte-americana em janeiro e fevereiro.

Ainda segundo dados do USDA, as vendas líquidas foram de 2,591 milhões de toneladas na semana passada, a quinta semana seguida em que elas ficam acima de 2 milhões de toneladas. Mais de 1,5 milhões de toneladas desse volume tiveram a China como destino.

Nesta quinta-feira, os futuros da soja em Chicago atingiram seu maior nível desde 8 de março de 2018, antes do início da disputa comercial entre EUA e China que afetou as exportações norte-americanas para o país asiático.

Para cumprir totalmente o compromisso feita na Fase 1 do acordo comercial entre os países que prevê a compra 36,5 bilhões de dólares no primeiro ano, a China precisaria manter o ritmo acelerado de compras de produtos agrícolas norte-americanos nos próximos meses.

As importações atingiram 10,71 bilhões de dólares entre janeiro e agosto, segundo dados do governo norte-americano.