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China fraca, projeção de demanda em alta e corte saudita derrubam petróleo
Enquanto o tipo WTI caiu 1,84% a US$ 80,99 o barril, o tipo Brent recuou 1,51% a US$ 84,89 o barril
A desaceleração econômica da maior importadora de commodities do mundo, a China; previsão da Opep de ampliação da demanda e novos cortes da produção saudita. A combinação desses fatores díspares induziu a queda dos contratos futuros do petróleo, na sessão desta terça-feira (15).
O viés negativo pôde ser observado na New York Mercantile Exchange (Nymex), onde o tipo WTI para setembro recuou 1,84% (menos US$ 1,52) a US$ 80,99 o barril, enquanto o tipo Brent para outubro caiu 1,51% (menos US$ 1,32) a US$ 84,89 o barril.
Pesou sobremaneira nas negociações do insumo energético a informação veiculada pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês), de que a produção industrial do gigante asiático baixou a 3,7% em julho, no comparativo anual, patamar inferior aos 4,1% previstos por analistas da FacSet. Outro dado relevante é ‘desaceleração’ a 2,5% das vendas do varejo na nação mandarim, muito aquém dos 4,5% estimados pelo mercado.
Para o presidente da Navellier, Luis Navellier, “a fraqueza na China está pressionando, mais uma vez, as commodities, incluindo o petróleo”, ao passo que o consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo, prevê “a possibilidade de uma nova rodada de más notícias relacionadas ao setor imobiliário chinês, com as dificuldades financeiras apontadas pela construtora Country Garden, associada a um quadro crescimento menos intenso, deve aumentar o clima de aversão ao risco”.
Ao comentar a frustração de expectativas com relação ao desempenho econômico da Alemanha, precipitada pela leitura do índice ZEW, o analista da Oanda, Edward Moya acentua que “o mercado de petróleo pode até continuar apertado, mas a maioria das manchetes estão se tornando pessimistas (bearish) para o lado da demanda. O recuo do petróleo poderá precisar continuar antes de os compradores surgirem”, disse.
No paralelo, um comunicado da Opep – organização que reúne os maiores produtores de petróleo do planeta – destaca que, além de firme, a demanda da commodity tende a se intensificar até 2024. Em contraponto, a Arábia Saudita, maior exportadora do cartel, com receio de uma eventual baixa do item energético, tem adotado cortes profundos de produção, para manter as cotações de mercado, exercendo forte influência nos demais membros produtores.
Tal estratégia tem apenas um único e exclusivo objetivo, manter o preço do barril o mais alto possível e por mais tempo possível. De consenso entre seus participantes, a Opep manteve a previsão, do mês passado, de que a demanda mundial de petróleo aumentará 2,44 milhões de barris/dia este ano e 2,25 milhões de barris/dia, em 2025.
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