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Agronegócio

China mantém há mais de um mês proibição de carne bovina brasileira

O país asiático é o maior comprador do produto produzido no Brasil. Casos de vaca louca teriam motivado o veto ainda no início de setembro deste ano.

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A China continua a proibir a exportação de carne bovina do Brasil. Há mais de um mês a proibição ameaça impactar sensivelmente as exportações do insumo. Ao todo, o prejuízo pode somar US$ 4 bilhões ao ano, cerca de R$ 21,8 bilhões.

Leia mais: Desaceleração econômica da China afeta minério de ferro

Vaca louca

Após a confirmação de dois casos da doença da vaca louca, Brasília suspendeu a exportação para a China. O ato foi voluntário e partiu das autoridades locais no início de setembro.

De acordo com a Folha, o Ministério da Agricultura afirmou que os casos da doença foram atípicos. A pasta disse que “ocorrem de forma espontânea e esporádica e não estão relacionados à ingestão de alimentos contaminados”. Dessa forma, não haveria riscos à saúde do animal.

Impacto à economia

No entanto, há quase seis semanas, a China mantém a proibição de compra da carne brasileira. A impaciência afeta as autoridades brasileiras e os grandes frigoríficos daqui. A China é o maior comprador de carne bovina produzida no Brasil.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o Brasil agiu de modo transparente. Todos os questionamentos das autoridades chinesas foram respondidos. Contudo, o veto continua imposto pelo país asiático.

Ainda não é possível estabelecer uma data para que as exportações retomem à normalidade. O problema é grave, já que o Brasil é o maior exportador de carne bovina do planeta. Como dito, o mercado mais promissor é justamente o Chinês.

Só no primeiro semestre de 2021, foram exportadas 490 mil toneladas de carne para a China. Esse número corresponde a R$ 2,5 bilhões e representa um aumento de 13,8% em relação a 2020. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Preocupação

A China tem demonstrado crescente preocupação com a segurança alimentar. Os cuidados são ainda maiores em casos de exportações de alimentos. Pequim chegou a suspender importações de fábricas brasileiras em 2020. O motivo era insegurança quando às normas de proteção ao coronavírus.

Especialistas dizem que a proibição atual pode ser uma forma de obter vantagens mercadológicas. Isso porque o país continua aceitando remessas indiretas que passam pelo Vietnã e por Hong Kong.

A suspensão prolongada também afeta o mercado chinês, que possui alta demanda pelo produto. Por isso, autoridades e empresários esperam que a situação se normalize em breve.

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