Economia
China pode enfrentar escassez de milho e presidente pede pelo fim do desperdício
Possível escassez do produto gera temores sobre segurança alimentar no país.
Com a inflação dos alimentos na China atingindo o maior nível em mais de dez anos, os preços do milho estão em alta e geram preocupações sobre a segurança alimentar no país, enquanto o presidente Xi Jinping pede pelo fim do desperdício.
O aumento nos preços do produto de suma importância para os gigantes setores de suínos, laticínios e aves da China vem após aumentos ocasionados antes por uma devastadora peste suína e problemas de fornecedores internacionais devido à Covid-19, ligando o sinal de alerta sobre um crescente problema de oferta de alimentos.
Esse á a primeira vez que os chineses se encaminham para uma escassez de milho em anos, e a safra 2020/21 que começa em outubro pode enfrentar um rombo de 30 milhões de toneladas, aproximadamente 10% de seu total, indicam analistas e operadores de mercado.
A notícia seria boa para grandes exportadores do produto como Estados Unidos e Ucrânia, mas ameaça pressionar os preços globais e ter um impacto direto em outros setores, à medida que os consumidores de milho passam a usar outros grãos.
Sob condição de anonimato, um executivo de uma empresa de trading estatal garantiu à imprensa que “com certeza haverá uma escassez de milho no futuro e teremos que importar muito ano que vem”.
O governo do país tem achado difícil equilibrar o planejamento central com as forças do mercado de grãos, mas manter os estoques de alimentos é uma enorme fonte de legitimidade política para o Partido Comunista Chinês.
Os preços do milho em Jiamusi, no coração do cinturão de grãos da china, atingiram máxima de cinco anos de 2.050 iuanes (297 dólares) por tonelada em 26 de agosto, uma alta de 27% desde o início do ano, antes de recuarem nos últimos dias.
Muitos governos regionais já estão lançando campanhas relacionadas ao tema, e o presidente Xi mostrou preocupação ao pedir que o país parasse com o “vergonhoso” desperdício de alimentos.
Mesmo com a expectativa de uma safra abundante de milho em 2020/21, de cerca de 266,5 milhões de toneladas, a China não tem o suficiente para atender à demanda, de acordo o ministério da agricultura, que prevê estoques negativos em 16,7 milhões de toneladas ao final do ano.
Segundo apontam cinco analistas e operadores consultados pela Reuters, o rombo de milho pode atingir as 30 milhões de toneladas, ultrapassando significativamente a atual cota para importações da China, que nunca foi totalmente utilizada e é de 7 milhões de toneladas.
Um comerciante de produtos agrícolas em Xangai disse que “se o governo não relaxar regulações sobre a cota de importação, enfrentaremos uma grande escassez”.
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