China pretende aumentar tarifas sobre importações de carne suína em 2022

O Governo chinês informou que vai aumentar as tarifas de importação sobre a maioria dos produtos de carne suína no próximo ano. Segundo o Ministério das Finanças, o maior produtor mundial vem expandindo a produção doméstica e, por isso, reduziu suas necessidades de importação.

Dessa forma, as tarifas para as nações mais favorecidas voltarão a 12% em 1º de janeiro. Atualmente, esse índice é de 8%.

Em 2020, a China reduziu suas tarifas sobre a carne de porco congelada de 12% para 8%, no momento em que o país enfrentava o aumento dos preços domésticos do produto, devido a um surto de doença devastador. Na época, as importações foram recordes, enquanto o rebanho suíno chinês se recuperava.

Agora, acontece o oposto. As taxas mais altas reduzirão ainda mais as importações dos principais exportadores, como Estados Unidos e Espanha. De acordo com Zhu Zengyong, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, “ajustar as taxas em tempo hábil pode ajudar a garantir o abastecimento e a estabilizar os preços no mercado doméstico, usando razoavelmente o mercado internacional”.

Da mesma forma, pensa Joel Haggard, vice-presidente sênior para Ásia-Pacífico da Federação de Exportação de Carne dos EUA. “Qualquer aumento de impostos torna-o mais desafiador para os exportadores”, disse .

O País já vem importando menos nos últimos meses. Em outubro, as negociações caíram 40% com relação ao ano anterior, para 200 mil toneladas. No acumulado do ano, a queda foi de 8% em relação ao ano anterior, para 3,34 milhões de toneladas, de acordo com dados alfandegários. A China também é o maior importador da carne suína do Brasil, que enviou para o País asiático quase metade das suas exportações totais de 2021.