Commodities
Chuva esperada para RS deve estimular plantio de soja, mas não ajuda o milho
Precipitações devem ganhar força a partir de quinta-feira no Estado.
Depois de vários meses de chuvas irregulares, as precipitações devem chegar com mais força no Rio Grande do Sul nesta semana, o que daria impulso ao atrasado plantio de soja, mesmo que já seja tarde para muitas lavouras de milho, de acordo com dados meteorológicos, analistas e representantes de produtores.
As precipitações devem ganhar força a partir de quinta-feira no Estado que semeia tardiamente a soja no país, mas que tem enfrentado mais os efeitos de chuvas localizadas e insuficientes na safra 2020/21.
Na semana que vem, é esperada uma frente fria que trará chuvas volumosas também para grande parte da área de soja do Brasil, maior produtor e exportador global da oleaginosa, cujo clima irregular tem impulsionado em parte os preços da commmodity na bolsa de Chicago para máximas de mais de quatro anos.
Entre esta segunda-feira e o final do mês, os volumes acumulados devem alcançar mais de 50 milímetros na maior parte das regiões do Rio Grande do Sul, com os maiores volumes (85 mm) previstos para o sudoeste, de acordo com o Refinitiv Eikon.
“Uma chuva dessa daria para o produtor avançar no plantio”, disse Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS).
“Com 60 milímetros seria uma chuva boa e acredito que em quatro a cinco dias o pessoal planta mais 30% da área. Então (a área plantada) pularia para 70%”, completou.
Os produtores haviam semeado 35% da área no Estado até o dia 19, contra 46% da média histórica para o período, em razão da baixa umidade, disse a Emater-RS, órgão governamental de assistência técnica.
Segundo ele, os produtores fizeram muitos investimentos nos últimos anos em maquinários, e poderiam realizar rapidamente com o plantio, como feito em Mato Grosso, onde semearam quase metade da área em aproximadamente 20 dias.
O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de soja brasileiro, acumula nos últimos 30 dias um déficit de mais de 100 milímetros em relação às precipitações históricas para o período, em várias regiões gaúchas, também de acordo com dados do Refinitiv Eikon.
Contudo, a meteorologista da Somar, Fabiene Casamento, afirmou que a próxima semana deve trazer mais chuvas, aliviando um pouco a estiagem, não somente no Rio Grande do Sul, como também em outras regiões do Brasil.
Em partes do Sul, Centro-Oeste e Sudeste, poderão ser observados acumulados semanais de mais de 100 milímetros, segundo a meteorologista.
“A maior chuva vai ser semana que vem”, afirmou Casamento, embora tenha acrescentado que no Sul elas vão se concentrar na primeira semana de dezembro.
Milho
Para o milho do Rio Grande do Su, no entanto, as precipitações chegam tarde, e o Estado não deve produzir “nem metade” da safra esperada em cerca de 6 milhões de toneladas, disse o presidente da Fecoagro.
“Estamos pedindo para a ministra (da Agricultura, Tereza Cristina) agilizar as vistorias de seguro para plantarmos outra cultura”, afirmou Pires, destacando que o agricultor pode replantar milho ou até optar pela soja nas áreas perdidas.
De acordo com o analista da consultoria AgRural, Adriano Gomes, ainda não é possível falar em quebra de safra no Rio Grande do Sul no caso da soja, mas o milho do Estado já tem “perdas consolidadas”.
“O que preocupa é que pode afetar a germinação de soja por conta da estiagem, a gente escuta sobre a necessidade de replantio em algumas áreas…”, afirmou.
A previsão de safra da oleaginosa do Brasil, no momento projetada em recorde de 132,2 milhões de toneladas, deve ser revisada em dezembro, já contabilizando expectativas de produtividades apuradas no campo, não apenas da linha de tendência, acrescentou Gomes.
O analista também disse que produtores brasileiros reverteram o atraso do plantio nas últimas semanas, após a chegada de mais chuvas em outras regiões, mas voltou a dizer que, ainda assim, a colheita será feita mais tarde que na safra passada.
Até a última quinta-feira, a área plantada com soja no Brasil alcançou 81% do total, contra 79% em igual período de 2019 e a média histórica para época, segundo a consultoria.

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