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Chuvas em algumas regiões do Brasil beneficiam o plantio de soja

Precipitações em diversos Estados propiciam o início do plantio de soja em lavouras não irrigadas.

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No final de semana, as chuvas chegaram em partes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, São Paulo e Minas Gerais, e muitas dessas regiões continuarão com precipitações até terça-feira, abrindo caminho para o início do plantio de soja em lavouras não irrigadas.

No maior produtor da oleaginosa no Brasil, o Mato Grosso, diversas áreas receberam volumes significativos, acima de 20 a 30 milímetros, “porém de forma muito pontual”, disse o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos.

Na segunda-feira, as precipitações devem retornar a vários desses Estados, com as áreas de instabilidade mantendo as precipitações na terça-feira, e “possibilidade de chuvas sobre grande parte de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais”.

“Com isso, muitos produtores já terão recebido até quarta-feira volumes superiores a 60 mm de chuvas”, disse o agrometeorologista.

A corrência de precipitações em todos esses Estados foi reafirmada por dados do terminal Eikon, da Refinitiv, com os maiores volumes se concentrando ao norte de Mato Grosso e Rondônia.

Mas Santos alerta que uma regularização das chuvas só deverá ocorrer em outubro, para todas as regiões produtoras, mesmo com as previsões para próximos dias no oeste de Mato Grosso.

De acordo com ele, o início de plantio exige cuidado porque várias regiões da faixa leste de Mato Grosso, Goiás, Triângulo e Cerrado Mineiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul só deverão receber chuvas novamente a partir de 5 de outubro, o que indica riscos para a germinação aos que plantarem nessas áreas precocemente.

“Para quem realizará plantio principalmente em Goiás, norte de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais ainda é preocupante, uma vez que não há tendência de regularização para os próximos dez dias. As chuvas só vão se regularizar a partir de 10 de outubro”, afirmou.

Até a virada do mês, quando as precipitações voltam a ficar mais regulares no Paraná, o segundo maior produtor de soja do Brasil continuará com tempo aberto, sem previsões de chuvas.

O economista do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido, falou sobre a quantidade de chuva. “Tivemos bem pouca chuva, ainda precisamos de mais para poder largar o plantio”.

“Falta chover tanto para o plantio da soja como para o milho em algumas regiões. Quem está gostando é pessoal do trigo, porque está acelerando bem a colheita”, acrescentou.

Por ora, disse ele, o tempo seco não preocupa para a soja, e um cenário muito parecido com a do ano passado pode ser observado, “quando atrasou um pouco e depois conseguimos uma produtividade boa”.

Não há problema em si no plantio tardio de soja, mas sim com o encurtamento da janela climática para a semeadura de milho, feita após a colheita da oleaginosa.

“Ainda não tenho número de plantio, o pessoal está segurando bem… Vai começar plantar quando tiver umidade um pouco melhor”, disse Garrido.

 

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