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Agronegócio

Chuvas na Bahia prejudicam produção de cacau

A situação também é crítica em lavouras de café e mamão e na pecuária, que também estão sofrendo perdas.

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Fortes chuvas estão atingindo diversas cidades da Bahia. No último dia 8 de dezembro, as chuvas estavam ininterruptas e superaram os 315 mm em 24 horas. Além disso, cerca de mais de 15 mil pessoas estão desabrigadas devido ao alto volume de precipitações, deslizamentos, riscos de rompimento de barragens, problemas no abastecimento de água, além de várias estradas bloqueadas.

De acordo com a normal climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), considerando os registros de 1961 a 1990, algumas localidades como Ilhéus, o valor de chuva acumulada para o mês de dezembro é de 178,6 mm. Porém, em 2021, o mês de dezembro registrou 687,7 mm, cerca de 4 vezes a mais do que o esperado.

Entretanto, a distribuição das chuvas ocorreu de maneira irregular. Em outras regiões como Ribeira do Amparo, Jeremoabo, Cipó e Euclides da Cunha, os registros estão na faixa esperada para o mês, ou até mais baixos, na faixa de 88,8 mm, 88,7, 82.5 mm e 37,6 mm.

Além disso, as chuvas torrenciais estão agravando a crise de liquidez e causando estragos nas produções de cacau. Só no município de Gandu choveu mais de 300 mm em apenas três dias, e a perda associada é estimada em mais de 6 mil sacas de 50 kg, totalizando cerca de R$ 5 milhões em perdas econômicas.

A situação também é crítica em lavouras de café e mamão e na pecuária, que também estão sofrendo perdas. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Itamaraju, Everaldo Santos, “com relação à agricultura, o prejuízo é grande. Não chega a ser perda total, mas lavouras como a de mamão, grande parte das plantas foram quebradas, arrancadas; as lavouras de café tiveram prejuízos. O cacau e a própria pecuária (os animais foram levados pela correnteza do rio) tiveram prejuízos. As pastagens ficaram totalmente submersas, prejudicadas. Assim, terão que ser recuperadas novamente, para os produtores rurais o prejuízo continua”.

 

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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