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Cias&Cifras | IRB (IRBR3) e Pampa Sul, da Engie (EGIE3), emitem debênture

Cias&Cifras | IRB (IRBR3) e Pampa Sul, da Engie (EGIE3), emitem debênture

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IRBR3 tem queda no lucro

Por: Junior Alves

O IRB Brasil (IRBR3) encerrou sua primeira emissão de debêntures com uma captação de cerca de R$ 550 milhões – não conseguiu alcançar, portanto, os R$ 900 milhões inicialmente pretendidos, segundo informações de mercado.

De acordo com o Valor Econômico, a emissão do IRB saiu em duas séries e na taxa-teto. A primeira, remunerada a CDI mais 3,35%, somou R$ 400 milhões. A segunda série saiu a IPCA mais 6,65% e alcançou R$ 150 milhões.

A operação

A operação foi coordenada por Bradesco BBI, Itaú BBA, Banco do Brasil, e XP, e não contava com garantia firme de colocação. Procurados, nem empresa nem os bancos deram entrevista.

De acordo com o jornal, diante das condições atuais de mercado, a operação foi considerada satisfatória. Algumas ordens de fundos de pensão teriam sido desconsideradas pelo fato de esses investidores não poderem concentram mais de 25% da série investida, segundo as informações que circularam no mercado ontem.

Desenquadramento

O tamanho pretendido era relevante para uma empresa que vem das dificuldades enfrentadas pelo IRB, que afastou sua diretoria e republicou balanço de 2019 por conta de fraudes. O IRB pretende usar os recursos para solucionar a questão de seu desenquadramento técnico, identificado pela reguladora Susep. Conforme o último número divulgado pela empresa,

Na última sexta-feira, a usina termelétrica Pampa Sul, controlada pela Engie (EGIE3), precificou sua oferta pública de debêntures, no valor de R$ 582 milhões, de acordo com fontes do mercado. A operação incluiu o investidor de varejo e seguiu a instrução CVM 400.

A operação

A operação vinha sendo questionada por investidores ESG, uma vez que trata-se de uma termelétrica a carvão. Mas isso não impediu o sucesso na venda dos papéis: a demanda para a emissão superou a oferta em quatro vezes, apurou o Valor, e a procura levou à redução das taxas inicialmente sugeridas.

De acordo com informações de mercado, cerca de R$ 150 milhões foram emitidos na primeira tranche, de 7,5 anos, que saiu a IPCA mais 4,5 %, ante taxa-teto de IPCA mais 6,25%. A segunda série vence em 2036 e foi colada a IPCA mais 5,75% ante taxa-teto de IPCA mais 7,25%.

A operação contou com mais de 70 ordens de investidores institucionais, incluindo tesourarias, e mais de 4 mil pessoas físicas. A coordenação foi do BTG Pactual, que não deu entrevista.

> Operadoras poderão financiar leilão da 5G com debêntures

As debêntures incentivadas (emissão de títulos privados por empresas de telecomunicações – que podem gerar o abatimento de até 15% no Imposto de Renda sobre o ganho desses papeis para o investidor) poderão ser lançadas também para financiar a compra de frequências no leilão do 5G. a informação é do portal Telesíntese.

Artur Coimbra, diretor do Departamento de Aprimoramento do Ambiente de Investimentos de Telecomunicações no Ministério das Comunicações, disse que esses títulos poderão ser emitidos pelas operadoras para financiar a aquisição de outorgas de telecomunicações.

Sociedade anônima

Ele explicou que as empresas precisam se constituir em sociedade anônima (mesmo que seja de capital fechado) para poderem ter acesso ao programa.

Em setembro deste ano o Minicom relançou esse programa remodelando o que existia desde 2012, visto que  esse instrumento tinha sido  pouco usado anteriormente pelas operadoras de telecomunicações. Com as novas regras, Coimbra afirmou que o interesse por esse financiamento aumentou sensivelmente, e pelo menos seis projetos estão sendo analisados pelo Ministério. Ele acredita que a captação poderá ser até maior do que o montante de R$ 1 bilhão que havia projetado inicialmente.

Conexis

Para o presidente executivo da Conexis ( entidade que representa as grandes operadoras de telecomunicações, ex SindiTelebrasil), Marcos Ferrari,  a ida ao mercado de capitais e o lançamento de  debêntures incentivadas são, atualmente,  opções melhores de financiamento do que os empréstimos do BNDES, que depois que substituiu a  TJLP, acabou deixando os juros altos de seus financiamentos.

O programa

Os recursos arrecadados com esse programa poderão ser investidos também nos seguintes programas prioritários:

  • rede de transporte;
  • rede de acesso fixo ou móvel;
  • sistema de comunicação por satélite;
  • rede local sem fio, baseada nos padrões IEEE 802.11, em locais de acesso público;
  • cabo submarino para comunicação de dados;
  • centro de dados (data center);
  • rede de comunicação máquina a máquina, incluindo internet das coisas – IoT;
  • rede 5G ou superior;
  • cabo subfluvial; X – infraestrutura de rede para telecomunicações; e
  • infraestrutura para virtualização de rede de telecomunicações.

> Gafisa (GFSA3) cria subsidiária de imóveis para renda

A Gafisa (GFSA3) está criando uma subsidiária de propriedades comerciais para renda por meio de aluguel e indicou seu atual diretor de novos negócios, Guilherme Pesenti, para comandar a nova empresa. Em entrevista ao Valor, o executivo não confirmou a negociação para compra dos shopping centers Fashion Mall e Guadalupe Shopping, no Rio de Janeiro, como primeiras aquisições da empresa.

Segundo o Valor Econômico, a Hemisfério Sul Investimentos (HSI) é majoritária nos dois ativos. Mas Pesenti afirmou que a subsidiária vai atuar em São Paulo e no Rio de Janeiro, nos segmentos de shopping, escritórios corporativos, salas comerciais e em residencial.

Gafisa e HSI

Conforme o jornal, Gafisa e HSI assinaram contrato preliminar para a operação de compra e venda do Fashion Mall e do Guadalupe Shopping. A conclusão do negócio está sujeita a algumas condições precedentes, como “due dilligence” (auditoria de dados). Nenhuma das duas empresas comentou o assunto ao ser questionada.

De acordo com fontes, o Fashion Mall tem potencial construtivo para comportar torre corporativa e residencial, além de um centro médico. A Cyrela teria participado da disputa pelo ativo de olho no potencial residencial. Procurada, Cyrela não comentou o assunto.

Nova empresa

A nova empresa da Gafisa nasce com ativos de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões se considerados os que serão transferidos da própria Gafisa e aqueles cujas compras estão no radar, segundo Pesenti. Em sua primeira entrevista à frente da nova empresa, que vem, por enquanto, sendo chamada de Gafisa Propriedades,  ele disse ao Valor que o movimento faz parte do planejamento estratégico traçado quando a nova gestão assumiu a Gafisa há um ano e meio. O investidor Nelson Tanure participa da incorporadora por meio da Planner Asset Management, com 30%.

A companhia

Além da intenção de diversificar seus negócios, a companhia já havia divulgado a retomada da presença no Rio de Janeiro, seu mercado de origem, com a aquisição de terreno, no Leblon, e de ativos da construtora Calçada.

O Valor apurou também que a Gafisa negocia a compra de edifícios corporativos com a própria HSI e com outras proprietárias. Questionado, Pesenti também não se pronunciou sobre isso. O executivo limitou-se a dizer que há ativos de escritórios sendo negociados, no mercado, por preços “abaixo do que valem” diante das incertezas em relação ao futuro do

Pesenti

Na avaliação de Pesenti, há muita sinergia entre o negócio de propriedades comerciais para renda e o de incorporação para a venda de imóveis. Outro motivo para a decisão da Gafisa de atuar também em locação, segundo ele, é a forte disputa por terrenos, em alguns bairros de São Paulo, para incorporação comercial. “A Gafisa continuará perseguindo oportunidades de incorporação, mas há casos em que esta não é a maneira mais eficiente de alocar capital”, diz o executivo.

Há intenção de atuar no segmento residencial para renda principalmente em São Paulo. Na capital paulista, as lojas que fazem parte da fachada ativa de empreendimentos também serão incluídas na nova empresa.

“No Rio, temos dois ativos comerciais prontos – um de salas e outro que inclui salas e lajes corporativas – em que estamos estudando mudança de estratégia para uma gestão ativa de locação”, conta Pesenti.

Gafisa (GFSA3) esclarece CVM sobre captação de recurso

Upcon

Em dezembro, a Gafisa adquiriu a incorporadora Upcon. Em agosto deste ano, anunciou que pretendia realizar fusão com a Tecnisa, proposta que não avançou porque os acionistas da companhia fundada por Meyer Nigri se opuseram à continuidade dos estudos dos estudos para a potencial integração entre as duas incorporadoras. De acordo com Pesenti, a criação da empresa de propriedades comerciais “não é excludente às conversas com a Tecnisa”. Ele não informou os próximos passos da Gafisa.

> BTG (BPAC11): Lifetime quer R$ 21 bi em 5 anos; Necton fará estratégia digital

O BTG Pactual (BPAC11) fez duas aquisições de peso recentemente, a exemplo dos escritórios Lifetime e Necton.

O primeiro pretende alcançar R$ 21 bilhões sob custódia em até cinco anos, enquanto que o segundo faz parte da estratégia de desenvolvimento do braço digital do BTG.

Transferências

Segundo o Estadão, poucas semanas após a saída da Lifetime do guarda-chuva da XP, 850 clientes já optaram pela migração. A expectativa é de transferência de R$ 1 bilhão vindos dessas contas.

O objetivo é chegar a mil clientes migrados no primeiro mês. Na XP, a Lifetime tinha 4 mil clientes private, com R$ 4 bilhões sob custódia. Parte disso era por meio da gestora, que também foi para o BTG. O ganho de escala vai ao encontro do acordo fechado com o BTG, que prevê transformar o escritório em corretora com o BTG como sócio minoritário, com 49,9% do capital.

Musculatura

Conforme o jornal, capitalizado e ponto para atuar de forma agressiva para dar musculatura à sua plataforma digital, o BTG Pactual comprou a Necton Corretora, que nasceu da união entre Concórdia e Spinelli, duas corretoras da antiga geração que se uniram na tentativa de fazer frente a um mercado cada vez mais competitivo. O BTG desembolsou R$ 348 milhões na aquisição.

Trata-se do terceiro movimento do tipo desde que o banco colocou R$ 2,65 bilhões no caixa, com uma oferta de ações que foi estruturada para dar munição para o crescimento da plataforma digital. Outras potenciais aquisições estão sendo analisadas pelo banco, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Necton

Quanto à Necton, o BTG informou que sua intenção é manter tanto a marca quanto a operação da Necton Corretora independentes, segundo a tendência de mercado de manter várias “grifes” dentro do mesmo grupo. A operação precisa passar por aprovação dos órgãos reguladores, incluindo o BC.

Por trás da corrida para a disputa no mundo de investimentos digitais está o cenário de juros baixos no Brasil, na mínima de 2%. Com os juros reais (com o desconto da inflação) perto de zero, investidores têm procurado outras opções no mercado.

Para o BTG Pactual, depois de investimentos em sua plataforma digital que somam mais de R$ 800 milhões desde 2014, atrair mais agentes ajudará no ganho de escala do negócio e na redução de custos fixos. A meta é encerrar o ano com mil profissionais plugados à plataforma. Hoje, seriam cerca de 800.

O movimento precisa ser rápido, já que a competição tem levado a um aumento de procura por ativos para compra, deixando bem aquecida a atividade de fusões e aquisições no mercado de plataformas e corretoras.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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