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Commodities

Ciclone australiano ‘fica na ameaça’ e anula ganhos do minério de ferro

‘Ilsa’ poupa maior porto exportador mundial da commodity, que recua 0,8% na China, e 0,4% em Cingapura

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A tempestade passou longe e os ganhos, idem. Assim pode descrito o cenário da sessão desta sexta-feira (14), em que a cotação do minério de ferro manteve o viés de queda da véspera (um ‘tombo’ de 2,2%), recuando mais 0,8% a 768 iuanes ou US$ 112,3 a tonelada na bolsa de futuros e mercadorias de Dalian (China), fechando a semana com uma perda acumulada de quase 3%. Já na bolsa de Cingapura, a referência da commodity, com vencimento em maio, caiu 0,4%, para US$ 115,90  a tonelada, acumulando perda de 1%.

Desta forma, a expectativa inicial de valorização do insumo siderúrgico acabou sendo frustrada, à medida que o ciclone tropical Ilsa deixava intacto o porto de Hedland (Austrália), maior exportador mundial de minério.

Para estrategistas de commodities da ANZ, em nota, “o minério de ferro ampliou suas perdas enquanto a China planeja limitar a produção de aço para 2023. Isso é uma resposta à recuperação mais lenta da demanda e à redução das emissões”.

No paralelo, apesar da demanda ‘morna’ pelo item, a pesquisa semanal da consultoria Mysteel apontou que a taxa de utilização da capacidade dos altos fornos operados por 247 siderúrgicas chinesas atingiu a máxima de 91,8%, em 22 meses, nesta semana.

Ironia ou não, a ‘ameaça climática’ não concretizada acabou frustrando a expectativa de operadores, em torno de uma alta da commodity, devido a uma eventual crise de oferta, potencializada pelo fato de os portos chineses apresentarem nível baixo de estoques do minério, desde fevereiro último.

Ciclones à parte, o fator que mais pesa nas expectativas do mercado continua a ser a incerteza quanto à uma recuperação mais vigorosa por parte da China, em meio ao iminente pico da temporada para a construção civil local, enquanto as siderúrgicas do país foram forçadas poor Pequim a reduzir sua produção ao patamar do ano passado, o que derrubou o preço do aço, tendo em vista ampliar as vendas.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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