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Cielo muda cenário de lucro e registra prejuízo líquido de R$ 75,2 milhões no 2º trimestre

Ante lucro de R$ 428,5 milhões registrado em 2019, empresa de pagamentos eletrônicos registrou prejuízo entre abril e junho.

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CIEL3

Nesta quarta-feira, 28, a maior empresa de pagamentos eletrônicos do Brasil, Cielo (CIEL3), anunciou prejuízo líquido de R$ 72,5 milhões entre abril e junho. Revertendo o lucro de R$ 428,5 milhões em 2019, o raro prejuízo trimestral é uma das consequências da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

No entanto, ainda que a redução do lucro tenha sido contínua ao longo dos últimos anos, em paralelo ao crescimento de rivais no mercado de atuação, a Cielo foi afetada pelos reflexos do isolamento social diante do comércio varejista. Agora, trabalha no ajuste da estrutura de custos e de capital para encarar o cenário de inclinação dos resultados.

Aliada com a queda nas vendas estão as tarifas cobradas aos clientes, acarretando na redução líquida da companhia no trimestre, em 12,5% ano a ano para R$ 2,4 bilhões. Em outra perspectiva, o custo dos serviços prestados elevou 9,6%, ante o ano anterior, para R$ 1,9 bilhão, espelhando maiores custos a unidade nos Estados Unidos, MerchantE. Isso em função dos reflexos da alta do dólar e despesas com depreciação inerentes aos terminais de pagamentos, que cresceram 28%.

Além disso, a empresa de pagamento subiu 91,4% na linha de demais despesas operacionais, para 193,5 milhões, com perdas em consequência do alto número de contestações na Cateno e “evento operacional pontual”.

Em síntese, o resultado operacional da Cielo, mensurado pelo Ebitda, totalizou R$ 236 milhões no trimestre, com encolhimento de 69,7% ano a ano. E a ação da Cielo agrupou em 2020 uma queda de 38,6%.

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