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CLT ou PJ: como escolher o melhor regime de trabalho para você?

Decidir entre trabalhar com carteira assinada ou como pessoa jurídica exige análise cuidadosa dos benefícios.

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A decisão de trabalhar sob regime CLT ou como PJ tem sido cada vez mais debatida entre profissionais de diversas áreas. O regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante direitos como férias e 13º salário, além de cobertura previdenciária.

Por outro lado, o regime de Pessoa Jurídica (PJ) pode oferecer mais liberdade para gerir a própria agenda e, muitas vezes, melhores remunerações. Contudo, nesse caso, o salário alto não é uma regra obrigatória; portanto, nem sempre o trabalhador PJ terá uma boa remuneração.

Por isso, a escolha por PJ requer cautela, pois, embora seja mais flexível, implica ainda em arcar com custos que eram cobertos pela empresa no modelo CLT. Para tomar a melhor decisão, é essencial avaliar as propostas e entender as diferenças.

CLT oferece mais vantagens efetivas, já que o regime PJ é um acordo que muitas vezes não favorece o trabalhador – Imagem: Shutterstock

Qual é o melhor regime de trabalho: CLT ou PJ?

O vínculo empregatício na CLT proporciona segurança, com direitos trabalhistas assegurados por lei, todos custeados pela empresa, além da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre tais benefícios, destacam-se:

  • 13º salário;

  • Aviso prévio;

  • Férias remuneradas;

  • Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);

  • Direito ao Seguro-desemprego em caso de demissão sem justa causa.

  • Multa rescisória de mais de 40% também em caso de demissão sem justa causa;

  • Vale-transporte obrigatório pago pela empresa;

  • Algumas empresas ainda oferecem vale-refeição e/ou alimentação, plano de saúde e outros benefícios não obrigatórios por lei.

O que atrai no regime PJ?

Trabalhar como PJ pode ser atraente devido à flexibilidade de horários e à possibilidade de atender várias empresas de modo simultâneo. Contudo, os direitos trabalhistas mencionados acima são substituídos por direitos civis, e despesas como a previdência e impostos devem ser pagas pelo próprio profissional.

Comparando os custos entre CLT e PJ

Para escolher entre CLT e PJ, é crucial comparar os gastos envolvidos. Considere o salário bruto, os descontos de INSS e o Imposto de Renda (IR). Além disso, calcule as despesas mensais com saúde, alimentação e transporte, que podem ser inclusas no regime PJ.

Despesas

Custo Mensal

Plano de Saúde

Verificar custo similar ao oferecido pela empresa

Alimentação

Considerar custo mensal sem vale-refeição

Transporte

Calcular gasto diário

13º Salário

Reservar valor equivalente

Férias

Guardar valor para compensar ausência

Previdência

Incluir contribuição mensal ao INSS

Um planejamento financeiro detalhado é vital para compreender as reais vantagens de optar pelo regime PJ. A alíquota de impostos, como no Simples Nacional, pode ser competitiva. Porém, é preciso considerar o pró-labore e as contribuições previdenciárias.

Cuidados com a “pejotização”

A prática de “pejotização” tem se popularizado, mas pode esconder relações ilegais de trabalho. Empresas que exigem horários fixos podem estar em desacordo com o regime PJ, o que já caracteriza vínculo empregatício. Nesses casos, a Justiça do Trabalho reconhece o vínculo como CLT.

Por isso, é fundamental que os trabalhadores estejam atentos às condições e busquem acordos de prestação de serviços claros, sem subordinação. A escolha entre CLT e PJ deve ser bem fundamentada, ao considerar os desafios e oportunidades de cada modelo.

Olá, sou John Monteiro, guitarrista e jornalista. Nascido no ano da última Constituição escrita, criado na periferia da capital paulista. Fã de história e política, astronomia, literatura e filosofia. Curto muita música, no conforto da minha preguiça, frequento mais palavras que livrarias.

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