Economia
CNI: custos industriais sobem 10,71% em 2022, em relação ao ano anterior
Conflito na Ucrânia e aumentos de insumos e das commodities estão entre os principais fatores
A guerra da Ucrânia, o encarecimento de insumos e commodities (nos dois primeiros trimestres) e o aumento de gastos com pessoal (nos dois últimos trimestres). Esses são os fatores apontados, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), para a elevação de 10,71%, do ano passado em relação a 2021, da chamada inflação industrial, medida pelo Indicador de Custos Industriais (ICI).
Para esse resultado, o indicador aponta, também, a contribuição dos custos da indústria de transformação (alta de 14,4%) e dos custos de capital e produção – que incluem energia e bens intermediários (alta de 35,8%).
Ao mesmo tempo, a pesquisa da CNI admite os custos industriais sofreram menos pressão, em razão da queda de 13% do custo tributário no período analisado, devido às desonerações tributárias (de impostos federais, como PIS/Cofins) sobre combustíveis, bem como da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre alguns produtos industriais fabricados no país.
Na avaliação da economista da confederação, Paula Verlangeiro, “entre os custos de produção, que incluem gastos com energia, pessoal e bens intermediários, pesaram a guerra na Ucrânia e o aumento nos preços de insumos e de commodities energéticas, principalmente nos dois primeiros trimestres de 2022. O terceiro e o quarto trimestres foram marcados pela influência de fatores internos no custo de produção, como o aumento dos custos com pessoal”.
Apesar de a maior parte dos custos ter apresentado recuo no último trimestre do ano passado, este fato não foi suficiente para reverter a alta acumulada nos últimos dois anos, que somou 26,3%.
Especificamente com relação ao custo com capital – medido pela taxa de juros para capital de giro – a pesquisa da CNI explica que o crescimento de 35,8%, já mencionado, foi ‘puxado’ pelas sucessivas elevações da taxa básica de juros (Selic) que passou de 9,25% ao ano, no quarto trimestre de 2021, para 13,75% ao ano, em igual período de 2022. Já na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano passado, o custo com capital apresentou estabilidade, devido à manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano.
No que toca ao custo com energia, a alta de 23% em 2022, no comparativo anual, foi causada pela elevação de todos os seus componentes, como o óleo combustível (35,1%), gás natural (58,4%) e energia elétrica (1,2%).

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