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CNI: indicador de produção industrial vai a 51,6 pontos em maio
Apesar de resultado positivo, avaliação da entidade é de que setor ‘tem dificuldades para deslanchar’
Mesmo se situando acima da margem (50) – que separa contração de expansão – o Índice de Evolução da Produção atingiu 51,6 pontos em maio último, patamar inferior, contudo, ao de igual mês, nos últimos três anos, aponta a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada, nesta terça-feira (20), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar de a produção industrial nacional ter avançado no mês passado – ante os 42,6 pontos registrados em abril – a constatação da entidade é de que o setor apresenta ‘dificuldades para deslanchar’, ou seja, carece da ‘tração’ necessária para uma retomada mais consistente no curto prazo.
Em nota, a confederação destaca que “nos oito meses anteriores, o índice de evolução a produção ficou abaixo dos 50 pontos em sete deles, ou seja, essa alta da atividade, além de moderada, ocorre após uma série de resultados negativos”.
De qualquer modo, o detalhe positivo é que, também no mês passado, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) das fábricas avançou dois pontos percentuais, no comparativo mensal, chegando a 69%, embora tal patamar seja o mais baixo, desde 2020.
No que se refere ao nível de emprego, este recuou pelo oitavo mês seguido, ao baixar para 48,4 pontos. “O resultado está abaixo da linha divisória dos 50 pontos desde outubro de 2022, indicando que a percepção de queda do emprego industrial que marcou o último trimestre de 2022 se mantém”, avalia a CNI.
Na mesma tendência negativa, os estoques se mantiveram, pelo quarto mês seguido, acima da expectativa dos industriais e da margem dos 50 pontos, chegando a 51,3 pontos no mês passado.
Em que pese a variedade de indicadores adversos do setor, a expectativa dos executivos consultados, neste mês, pela CNI, converge para a melhoria do cenário nos próximos seis meses, a exemplo do índice de demanda (no comparativo mensal), que cresceu de 53,6 para 54,6 pontos; da quantidade exportada, que subiu de 50,2 para 50,8 pontos, e da compra de matérias-primas, que aumentou de 51,7 para 52,7 pontos. Reforçando o bom viés no curto prazo, a expectativa de contratações passou de 49,9 para 50,7 pontos e a intenção de investimento registrou expansão de 52,9 para 54,0 pontos.
“A alta de junho reverte totalmente a queda de maio e recoloca o indicador no mesmo patamar de fevereiro de 2023. Ou seja, essa dinâmica sugere relativa estabilidade na intenção de investir e cautela nas decisões de investimento por parte dos empresários da indústria”, concluiu a nota da CNI.
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