Economia
CNI: recriação do MDIC é ‘imprescindível’
Expectativa da entidade é de que pasta ajude a reverter ‘desindustrialização’ do país
Imprescindível à construção da política industrial. Assim classificou a proposta (em estudo pela equipe de transição) de recriação do Ministério da Indústria, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), para quem, a medida, além de fundamental à retomada do desenvolvimento econômico e à criação de mais empregos, abrirá espaço a ações ‘robustas’, com vistas à ‘reindustrialização’ do país.
Nesse sentido, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, acentuou que a pasta, caso seja recriada, deve se tornar ‘forte o suficiente’ para “viabilizar a construção de uma política industrial moderna, que esteja alinhada às melhores práticas internacionais, como prevê o ‘Plano de Retomada da Indústria’, elaborado pela entidade e já encaminhado ao presidente eleito.
“O fortalecimento da indústria nacional é fundamental para que o Brasil consiga alcançar um desenvolvimento econômico e social sustentável. Para isso, é preciso que o novo governo priorize a elaboração e a execução de uma política industrial de longo prazo”, receita Andrade, acrescentando que, a partir de 2024, “o Brasil precisa crescer, no mínimo, 4% ao ano para gerar emprego, renda e qualidade de vida para os brasileiros. E para isso, a indústria também precisa crescer 4%”.
Na avaliação do dirigente industrial, para que o país disponha de uma política industrial bem-sucedida, o setor precisará aumentar, de 22% para 25%, sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) em até quatro anos. “A indústria sempre foi, e continuará sendo, extremamente importante para o desenvolvimento econômico e social, não apenas do Brasil, mas de todas as nações, uma vez que é o setor que cria os melhores empregos, induz mais a inovação e viabiliza o aumento da produtividade dos demais setores da economia”, acrescenta.
Uma governança robusta, dotada de articulação institucional entre órgãos públicos que se encarreguem de seu planejamento e execução também são premissas destacadas pelo presidente da confederação, ao propor, ainda, a reintegração do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) ao MDIC.
“O Ministério precisar ter uma estrutura boa e adequada, ligada ao presidente, com os recursos necessários para uma política industrial de longo prazo. A recuperação da economia nacional passa, portanto, por melhores condições para a indústria retomar seu fôlego, voltar a produzir em plena capacidade, competir de maneira mais eficiente e voltar a crescer”, conclui Andrade.
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